sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Esgoto e água potável se misturam no Jd Novo Record



Triste imagem da habitação em Taboão





Moradora aciona a prefeitura


Alertado pelo amigo Zottis estive no Jd Novo Record e encontrei a dona Maria Aparecida Pereira da Silva, residente na rua Imarui. Conforme mostrou, ao fundo do quintal, o esgoto brota do chão. De posse do processo número 8937 – 2007, que ela move contra a prefeitura, veio a revolta:


- “Fizeram o aterro na área invadida e o meu terreno ficou prejudicado, com essa água fedorenta se acumulando. Moro aqui há 14 anos, minha casa é regularizada. Pago meu imposto. Aqui ninguém tem fossa porque com dois metros de fundura brota água, então porque não tem rede de esgoto?”


Nem pra organizar uma invasão serve a política pública do Dr Evilásio


Ao final da rua Imarui fica a quadra F. Ali os moradores são obrigados a viver em condições sub humanas, sem qualquer saneamento básico. O esgoto escorre e se acumula a céu aberto, misturando-se com a água potável canalizada por mangueiras improvisadas pra abastecer as habitações que se estendem sem nenhum planejamento.


Isso parece descrição da Idade Média, mas não. É Taboão da Serra, século XXI.


A invasão ocorrida segue expansão rotineira, a região do Jd Record é praticamente toda construída assim. Era de se esperar. E sabemos que dentre os vereadores ou pretensos, há revigorado estímulo. E diante do presumível, qual atitude da prefeitura do Dr Evilásio?


Nenhuma. A coisa acontece a bel prazer. Pra que Secretaria da Habitação, Planejamento? Quem responde por ela e de onde vêm? Pra que a Secretaria da Cidadania e Ação Social? Quem responde por ela e qual sua origem?


A administração Evilasiana deixou esta situação inflar ao degradante. A invasão era óbvia. A necessidade obriga as pessoas lutarem por domicílio próprio, sob pena da incerteza, do medo constante gerado. E aquelas terras já estavam marcando faz tempo, sem aproveitamento por parte do proprietário ou interesse do nosso poder público. Mas não se constrói da noite pro dia.


Não cadastraram as pessoas. Não sabem de onde vem. Da precisão de quem necessita e daqueles que exploram a dor alheia. Ora, numa área enorme daquela não ficar espaço para um centro de saúde, escola, ruas, o mínimo de urbanidade, o mínimo de dignidade. Mas, qual o quê, nem esgoto e água têm.


Por incrível que pareça, nem pra organizar uma invasão serve a política pública e habitacional do Dr Evilásio.


Ainda bem, só de raiva! Não sobrou pedaço de terra pro Dr Evilásio construir uma pracinha.

Um comentário:

Carol disse...

Pezão, parabéns pelo trabalho, faltava alguém com a coragem e iniciativa de divulgar o total abondono q a cidade se encontra...
Tenho esperança q essa realidade mude!!!! Aliás, estamos rezando por isso!!!!