sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Taboão, amor em preto e branco

Em me conhecer, te conheci...

Procurava, então, caminhos diversos...

Alma pranteando o universo...

Teimosa taboa, sobrevivente...

De aventuras errantes...

Ébrio em saber, aprendiz...
Que ao fundo não deixa de ir...


Em busca do rosto meu, desconhecido...

Entre tantos, de mim perdido...

Ser ou estar...

Louca compreensão...

A importância do existir...

Ousei galgar triunfos...

Escolhido o arco...

Sentimentos empunhei...

Em focos, traduzi...

Flechas, os tornei...

Tripulantes ao convés...

Embarcação quase perfeita, periferia...

Ao chamado ouço...

Humilde braço a ostentar bandeira...

Havendo Judas, arrependido...

Cristo crucificado...

Enlevo a glorificação...

Real e mortal...

Figurantes de uma história...

Desenvolvida e fortalecida...

Há cinquenta anos...

Filhos da serra...

Batizado e feito Taboão...

O que é a cidade...

Senão, paixão...

Enamorada camisa...

Vestida na discórdia, concórdia...

E no argumento polêmico...

Seiva de trabalho.
A conquistar, conquistar...

Entendimento, enfim, que arrasta o prazo...

Em fazer rir, chorar e meter medo...

Principia-se a maturidade...

Município amado, armado...

De interior beleza...

Minha amiga, meu amigo...

Convincente juventude...

As pessoas são as riquezas...

Símbolos que a vida produz...

Casa do povo ou trilha de votos inúteis?...

Em desobediência civil, a esperança persiste...

Por nós sorvida e dividida até o último gole...

A linguagem, a força proclama...

O sorriso exala.
Chama!...

Retrato franco,
Taboão...
Amor em preto e branco...