sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sarau no Ar, do Marcelino, é show!

A domingueira rolou conforme jogada de gol.  Representando Taboão da Serra fui convidado para declamar no Sarau no Ar, do meu amigo e escritor Marcelino Freire.

O evento aconteceu no Sesc Santo Amaro e foi diferente de tudo que eu já havia participado. 

Marcelino e Luciana Penna fizeram as apresentações. Convidados presentes, os poetas Alan Jonnes, de Aracaju, e Álvaro Andrade, de Salvador, BA.

Eliakin Rufino, de Boa Vista, RR, trocou ideia e declamou por telefone. Ligadíssima, a Japa Tratante, de São Paulo, via Twitter, escrevia microcontos com temas sugeridos pela plateia.

Ainda, compartilhando palco e poesia, Olivia Araújo, Vanderley Mendonça, ambos de São Paulo, e Tenório Telles, de Manaus.

Novidade foi a jovem poetisa de 13 anos, Regina Azevedo, e que já comanda um sarau lá em Natal, RN, e que desfiou seus versos pelo telão, via Skype.

E em meio a esse agito todo, estava eu Marco Pezão bebendo desse líquido precioso chamado cultura.

Grande Marcelino Freire. Um salve também ao Sesc, que tem dado maior apoio aos saraus e a literatura periférica. 

 Mano, tô virando testemunha da história. Que legal. Que bosta.

Sarau no Ar é ponte tecnológica ligando a poesia no Brasil.

Sarau do Binho bombou no Clariô!

Segundona abençoada. O Espaço Clariô clareado de gente. Arquibancada, palco e a entrada, tomados. É o Sarau do Binho, e o lançamento de sua coletânea onde estão reunidos 183 poetas propagadores de nossa literatura periférica.

- Ô diretor! Cerveja sem álcool não tem personalidade, me falou o Jaime. Que maré! Dessa vez me superei.  David da Silva me ofereceu uma lata gelada, e eu não bebi. Marcelino Freire, Galdino e Otília saboreavam, e eu não bebi.

Continuo embriagado diante do acontecimento. Para quem conhece a história do atual movimento poético sabe a emoção que me refiro.

Em janeiro de 2003 escrevi: 'Vejo com entusiasmo um leve aceno, o despertar ao novo gosto. A poesia ganha voz, mobilidade, e nas ruas da cidade atinge os mais diversos corações. 

Ouço o pulsar deles. Vêm ao encontro do órgão central exposto em forma de sarau. É a nossa poesia! É a nossa poesia!

Palavras e rostos novos misturam-se aos antigos, marcando a presença de tantos amigos. Garajão, o abrigo das mais variadas emoções.

De Taboão somos mensagem, movimento, mão de obra, acima de tudo periferia. Somos os poetas envolvidos na criação real da vida em melhores momentos. Retomemos o trabalho que nos espera. Sejamos todos bem-vindos em retorno ao nosso gueto!'

É muito loko olhar pra trás e me vê ao lado do Binho, do Sergio Vaz, Elmantos, Mané do Café, Kennya, Helber, Pilar, Samanta e tantos mais que se incorporaram à água e conjugaram o plural em singular.

O rastilho da pólvora nos levou a diversidade de caminhos. E o ouro garimpado está agora em minhas mãos.

A coletânea do Sarau do Binho é um mapa onde nos mostra o quanto se propagou a nossa poesia, em quantidade e qualidade.

Evoé: Robinson Campo Limpo/Taboão!