O convite pra rever os amigos, que durante minha infância, a bordo daquele velho caminhão de apelido Caraveli, pude acompanhá-los pela várzea paulistana.
E depois, ao
lado deles, defender o SE Alvi Verde, da Vila Sonia, fundado em 1957, por meu
pai, o seo João.
Um encontro com o passado sobrevivente, tão presente em mim.
“Quando
pegamos uma bola vermelhinha, não há defesa que segure a nossa linha...”
“Lá vem o
Alvi Verde subindo o morro com sua taça na mão...”
Recordo as
canções quando chegamos ao sítio do anfitrião Cido, ex camisa 10 do São Paulo
FC, na década de 60.
Promissor futebol varzeano, da época. Um celeiro de
craques. O Cido jogava no GD Vila Morse quando chegou ao profissionalismo.
Reencontrar
o Jaime, o Zé Carlos, o Julinho, o Bóia, o Fernandinho, e vê-los jogando bola num
campinho. Pô, eu fiquei ouriçado pra jogar.
Foi um
sábado mágico. Além deles, outros tantos amigos que eu não esperava lá
encontrar. Mas senti falta daqueles que não puderam ir.
E as fotos
vindas do fundo do baú do Cido? Recordar é viver, já dizia o samba.
Julinho tem
a bola 7 sobre a mesa, e mantém as gozações em dia.
‘Não fico velho, eu acumulo
juventudes’, disse ele.
Beleza.
Espero vê-los breve.
Fica cá comigo o que a escola varzeana ensina:
Quem sabe
não tem idade, né Alvi Verde?