Todo morro entendeu quando o Leão chorou...
Foi então que o conheci no Martinica em 2018... E ouvi Marquinho dizer do amor ao bairro onde cresceu... sem deixar de críticar a administração pública pelo estado de abandono do Campo Limpo... Talvez por isso, tenha se engajado na direção da entidade, com alguns projetos de cunho social.
Um deles, Grupo de Solidariedade já foi fruto de uma matéria do blog futbolando. Foi criado por Marquinho e Dudu e abraçado pela diretoria e por muitos que contribuem para atender as famílias da redondeza, com cestas básicas durante a pandemia e segue até hoje, com uma organização interna, tendo cadastrado cerca de 120 famílias. Chiquinho Romário que também participa da direção do Martinica, chamado por Marco Pezão de "o centro avante de um dos times mais famosos do Martinica, explica que Marquinho é "cria da casa." Seu primeiro apelido foi "Menudo" na fase adolescente em que assumia sua rebeldia. Depois, com os estudos, foi se achando na área contábil e superou obstáculos. Deixa três filhos. Segundo Chiquinho, estava "super bem", feliz com o amor de Ana Paula, sua esposa.
Aos filhos, à Ana Paula e aos familiares e amigos da várzea, aqui nos solidarizamos neste momento de sofrimento. Lamentamos que essa mente aberta, esse sangue novo e, de fato, atuante, na compreensão do seu papel social, provavelmente, teria conseguido atrair ao campo do Martinica, não só uma torcida de mulheres, mas também a times femininos, como afirmou em nossa entrevista...
Entretanto, eis que corpos não são eternos e Marquinho, já em outra dimensão, encontrará o pai que, ao final da vida, cego, dependia dele para ir ao campo... Será que ainda lhe fará a locução dos jogos do Martinica?
Certamente, irá confabular com tantos outros que já se foram.. batendo uma bola, enquanto o amado poeta e dramaturgo Marco Pezão, fotografará o jogo ou dirá um de seus versos:
Todo poderoso o morro
Todo poderoso eu morro...
E bastará um sorriso de Marquinho para oferecer a todos essa sua alma!