quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Gol pro papai que está no céu!

 Pra você Lucindoooo!

Por volta da meia noite, da sexta pra sábado, 23, contou-me o Gilson, filho.

- Papai passou mal. Levamos pro pronto-socorro. O médico já havia alertado. O coração tava fraco, sobrecarregado.

Lucindo, o Pelezinho, do Alvi-Verde da Vila Sonia, que tanto engrandeceu a várzea da década de 1960. Ele, ídolo de minha geração. Respeitado por todas que se seguiram. 

Joelho, naquela época, era problema. No Juventus, da Rua Javari, teve a carreira profissional abreviada. Mas nunca deixou de ser o Pelezinho

Assim foi no Rebouças. No Martinica. No Jd Roberto, e em quantos campo nos encontramos. Como jogador ou técnico, amante maior do futebol varzeano.

Era irmão de casa. Adolescência em jogo no campinho. O Lucindo em seu tempo fixou sua imagem. E a gente só tem a agradecer por isso.  

Lucindo (1º dir), ao lado do Cido, ex São Paulo. Bóia (esq). 

A equipe masters do Alvi-Verde dirigida por ele, no campeonato municipal de Taboão.    

Gol pro papai que está no céu! 

Jailson, irmão mais novo, é participante da história, mas o lançamento não veio desse lance... 

Partiu do lado esquerdo pra encontrar o Gilson Caverna, enfiado na área. No domínio, o goleiro vem pro bote...

Aí é que tá a diferença. Ao invés de um chute qualquer, o camisa 10 impõe sutileza no canhoto toque...

Parábola bola. Plasticidade...

O zagueiro surge para dar mais dramaticidade ao episódio...

O acompanhamento. Retoque final...

Feitura. Pintura. A imagem da arte em movimento...

Pra você Lucindão!!!

Em seu louvor, a obra do Gilson Caverna, desenhada na terra, na várzea... 

(Jogo entre Unidos Maria Rosa 4 x 1 Bahia Intercap, pela Copa Marabá, no CC Baú, domingo, 23/02. O gol de Gilson fechou o placar)

Um comentário:

Unknown disse...

Que Deus o tenha, mostrei a matéria para o meu pai (que jogou com ele no Rebouças), falou que jogava muita bola...

PS. Meu pai se chama Euclides (Cridão), jogou por 10 anos no Rebouças...