I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
Embora derrotada, a Família Casarão continua firme atrás da classificação.
Garra é o que não falta aos times femininos que continuam na disputa pela Taça Libertadores de Base.
Com mais duas horas de viagem ao campo Canarinho, o Família Casarão fez até vaquinha pra pagar a arbitragem, cantou seu grito de guerra, ao ritmo do pandeiro de Tati Candeia.
Sobra alegria no privilegio da disputa feminina, ainda muito escassa nos meios varzeanos que pouco a pouco descobre a energia pulsante das mulheres no campo.
Jogo apertado, com sol a pino, a partida se define aos trinta minutos do primeiro tempo com o gol de Quero-quero, com sorriso de alegria.
Como diz o técnico Biano do Luvence FC:
" Foi 1 a 0. Resultado que confirma o time invicto até agora. O Casarão jogou e se defendeu bem...
" Foi 1 a 0. Resultado que confirma o time invicto até agora. O Casarão jogou e se defendeu bem...
As meninas são vitoriosas com oito meses de treino. Agora é preparar-se para o próximo jogo que será no Parque dos Álamos com as Galáticas."
A vitoriosa equipe da Luvence FC
Partida acirrada, no segundo tempo, o Casarão foi pra cima tentando recuperar o placar mas as chuteiras pra sintético deslizam no terrão.
Nem com a guerreira Jaque Silva que saiu com o joelho lesionado e defendeu a malha até o fim...
...Nem com os chutes de Adriana, a garra de Marcela e a presença de Jaqueline, dividindo a zaga, deu pra recuperar o placar. Aquele calor, as chuteiras e a tensão não diminuiu o tesão na corrida...
Além disso, outros personagens marcaram presença nesse jogo. Um deles foi o riacho do Canarinho, atraindo a bola mais de quatro vezes para o seu leito.
O outro foi Daniel, mascote das Casarets e sobrinho de Naty. Assistia a tudo com essa carinha marota que no jogo aprende o amor das Casarets.
Após o jogo, a voz do técnico Zé Roberto da Família Casarão:
"O jogo, enfim, não foi ruim,né? Boa partida. Infelizmente, falhamos no meio de campo e tomemo um gol. Uma falha grave.
Tive a chance de igualá o placar, de empatá o jogo, mas, infelizmente, a trave salvou elas.
"O jogo, enfim, não foi ruim,né? Boa partida. Infelizmente, falhamos no meio de campo e tomemo um gol. Uma falha grave.
Tive a chance de igualá o placar, de empatá o jogo, mas, infelizmente, a trave salvou elas.
Bola na trave não ganha jogo, o que ganha é bola na rede, mas parabéns pro time. O adversário não é bobo. Casarão também não é fácil. É isso aí, bola pra frente."
E a frente agora é a volta na Arena Álamos, das Galáticas.
E com o grito de guerra do time F Casarão, finalizamos a semana do Dia Internacional da Mulher. A disputa pela Taça continua. Com sete pontos o time do CDC Uleromã tem ainda muito pra mostrar:
"Vamos jogar com raça e com o coração é o time do morro, é o Casarão.
Vamos fazer nossa história com emoção somos as meninas do Casarão.
Podem vir quente que aqui nós tá fervendo
Somos time do gueto, nóis não tem medo..."
Reportagem e fotos: Alai Diniz e Tati Candeia
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO:
POESIA SEM MISÉRIA
A VÁRZEA É VIDA
PARTICIPE!
Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo
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