I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
Pela Taça Libertadores de Base do Futebol Feminino, domingo,
21, oitavas de final, no CDC União Uleromã...
...o jogo entre Casaretes versus Família Sem
Preconceito teve a presença do Repórter Favela na assistência...
...e ele
nos conta como foi esse jogaço de bola:
‘Tempo chuvoso durante todo o primeiro tempo. Campo pesado, mas nada que abalou a disposição
dessas meninas amantes do futebol.
A meu ver, assisti um duelo de titãs. Muitos gols e emoções
a flor da pele contagiaram a torcida presente.
A equipe visitante teve o domínio inicial com mais posse de
bola e chutes a gol. Até que Beatriz aproveitou uma falha da zaga das Casaretes
e mandou o 1 a 0 pro fundo da rede.
A reação do time caseiro veio em seguida, uma boa jogada de
ataque serviu a garotinha de ouro, Brenda, pra finalizar com categoria de
arrepiar a galera: 1 a 1.
A garoa fina de São Paulo veio com o segundo tempo e a
pegada se manteve forte. O Família Sem Preconceito esperto aproveitou novo cochilo da
zaga e Leticia ampliou a contagem: 2 a 1.
Atrás no placar, as Casaretes pressionaram com o apoio do buzinaço
da arquibancada onde estava o ex jogador Repolho.
E a chance do empate vingou
no pênalti cobrado pela zagueira Larissa, que soltou um torpedo pra delírio da
Arena Casarão.
As meninas não estão pra brinquedo. A igualdade de 2 a 2
durou pouco.
Depois de uma bela tabela de toques rápidos, Gabriele deu um
tapa na bola com a maior convicção. Um golaço que valeu o ingresso de quem não
pagou nada pra assistir e se divertir.
Parecia definido. O Sem Preconceito administrava o resultado
de 3 a 2, mas foi surpreendido pela garra salvadora de Giovana.
No finzinho da
partida, o disparo gerou a explosão do gol e o empate de 3 a 3 amenizou a alma
do técnico Zé Roberto.
Agora é a vez das Casaretes irem ao campo do Família Sem Preconceito decidir uma vaga nas quartas de final, domingo, 28, às 16h, no campo do BNH.
A parada não vai ser mole,
mas, pelo que vi, nossas meninas têm condições de conquistar a vitória.
Devo dizer que até agora não esqueço toda aquela alegria, a cada
gol uma vibração enorme.
As Casaretes representam nossa quebrada e ponho a maior fé que o futebol feminino, a exemplo delas, vai prosperar na nossa várzea.'
Reportagem: Repórter Favela
Edição: Marco Pezão
POESIA SEM MISÉRIA
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Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo