I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Vila Fundão goleia Quintal de Casa na Super Copa Capão sub15
I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
O time da Vila Fundão mostrou entrosamento e mereceu a boa vitoria...
No sábado, 28out17, pela manhã, a equipe da Vila Fundão sub
15 fez sua estreia na Super Copa Capão, em grande estilo.
Saímos da sede às 8h40 com o elenco reduzido. Apenas 13
jogadores, e preocupante, nenhum goleiro tinha chegado. Entre nós a Paola,
menina de 14 anos, que veste a camisa do time e não falha.
Já no campo do Mutirão, no Capão Redondo, a chegada do
goleiro Jeft, que foi de buzão, aliviou.
Por problemas na documentação, Paulo
não pode jogar no primeiro tempo. Em seu lugar, Paola assumiu sua função no
ataque, compondo o time que saiu jogando assim:
Jeft, Douglas, Balão, Lafon, Vinicius, Yuri, Gustavo,
Coutinho, Erick, Paola e Jhonatam. No banco ficaram: Paulo, Allan e Gabriel.
Nos primeiros dez minutos de partida, o time do Quintal
esteve melhor. Mas o aparente domínio se desfez com o disparo de Douglas, de
fora da área, abrindo o placar: 1 a 0.
Com a vantagem, a Vila Fundão passou a pressionar. E, aos 25
minutos, Gustavo encaçapa mais um na rede: 2 a 0.
Na segunda etapa, Paola deu lugar ao Paulo. O apetite do
time continuou crescente e as chances de gols foram surgindo. Assim, num bate
rebate dentro da área adversária, o improviso de Coutinho encaminhou a redonda
pro fundo do gol: 3 a 0.
E de tanto a torcida pegar no pé do Paulo, ele desencantou.
A mais de um mês sem balançar a malha, o artilheiro fez as pazes com a galera
marcando duas vezes, fechando a goleada em 5 a 0.
Tudo na paz. Com o Kanu, ao volante da perua, tomamos rumo a
sede na Vila Fundão degustando o sabor da vitória, compartilhando, ao chegar, o
frango assado, pão e tubaína.
Agradeço a todos os atletas dizendo que o nosso objetivo na
Super Copa Capão só será possível com a união de todo grupo.
Richard Rodrigues
O Quintal de Casa começou bem a partida, mas não segurou a onda...
DESTAQUES DO JOGO
Paola é a menina que joga no time dos meninos e veste a camisa 10...
O titular Erick é um coringa da Vila Fundão...
Arqueiro Jeft não toma gol na sua estreia com a camisa da Vila mais famosa da capital...
O diretor KANU vem fazendo ótimo trabalho social...
O artilheiro Paulo entrou na segunda etapa e deu conta do recado...
Kaique, do sub 17, torce para sub 15...
Na Vila Fundão o carinho da amizade fala alto...
Técnico Richard, da Vila Fundão, traz estampado na camisa o seu inigualável amigo Emerson...
Do treino para jogo, a boa exibição do Erick.
Repórter Favela Tá na área
Confira o vídeo!
Reportagem, fotos e vídeo: Repórter Favela
Edição: Marco Pezão
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO
POESIA SEM MISÉRIA
A VÁRZEA É ARTE
A VÁRZEA É VIDA
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quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Um dos tesouros da periferia
I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
Mesmo que o preconceito entre estratos sociais julgue o contrário, afirmo que a grande riqueza da periferia é sua gente. Em atos de solidariedade, na acolhida ou partilha, o gosto de estar junto, seja entre amigos, vizinhos, nem sempre visa apenas o interesse. Parece ainda haver o prazer da convivência!
Vejamos alguns flagrantes dos CDCs da região do Campo Limpo que acabou se tornando um dos poucos espaços de convivência laica na periferia.
Aí vai Enzo Tobias, de pouco mais de três anos, que no CDC Cleuza Bueno, ensaia, descalço, sua jogada precoce na quadra de basquete. Naquele instante, o único que vale é rumar pra bola correndo até alcançá-la e ver que por mais que ela role, ele vai chegar com esse vigor pra impulsioná-la ainda mais.
Entre aqueles que moram nas ribanceiras; em barracos mal ajambrados, alguns de madeira, à mercê de todo tipo de dificuldades, seja o de falta de esgoto, enchentes...
...nesta reportagem, o destaque aqui é pra aqueles que aprendem a se virar nesse meio precário, a despeito de sua natural fragilidade: as crianças.
Lá no Morro do Piolho, a sede de Caio é de andar de bicicleta, mesmo com o perigo estreito das ladeiras, de um terreno íngreme e sem a proteção adequada no caso de quedas!...Fazer o quê! Caio só pode brincar onde seus pés pisam...
O rosto pintado desse garoto sapeca que se chama Ricardo mostra a alegria com as festividades do Dia da Criança, no CDC Uleromã. Assim como os indígenas, a pintura no rosto abre o jogo para a máscara, a fantasia e a imaginação. Ele agora pode ser quem nunca foi e vibra com seu olhar maroto nesse momento de festa.
Aliás, diversão é algo que poderia acontecer mais vezes em todos os campos...O direito ao lazer infantil. Muitas crianças tem só o CDC como "parque de diversões" existente no bairro. Assim é no Jd Umuarama.
E o polvo inflável toma conta do campo, gratuitamente, com seus tentáculos agarrando a meninada uma vez ao ano. Só uma vez? Pena!
Ser criança é bom mesmo! Principalmente quando o adulto sabe ver que ela não está numa tábula rasa que o adulto vem encher de cimento...
Agora é certo que a criança simboliza inocência, mas o grande desafio também é como educá-la para o convívio... o modo lúdico, a paciência e respeito. Criança que é respeitada, aprende por osmose.
Há quem as veja como cruéis porque dão estilingadas em passarinhos; soltam o papagaio da gaiola; fogem para a rua em busca de ação e alegria...
Que rua? Na periferia esqueceram que a rua poderia também pertencer às crianças. Quando é que se fecha uma rua para uma festa comunitária? Então, com o corpo ávido de euforia, as crianças tendem mesmo a fazer traquinices.
Aliás fomos todos assim!
Agora me digam, as crianças não teriam direito a espaços abertos? A um lazer orientado e à atenção decente por parte dos adultos?
Claro que alguns adultos já sabem disso, esse avô, por exemplo, no CDC Jardim Rosana, parece entender que é possível aliar o futebol, sem deixar de lado a nutrição da netinha.
É claro que as crianças brincam com o que vêem pela frente ou tentam improvisar...Mas ainda há um abismo entre a sociedade e a criança e na periferia isto aparece de modo mais acirrado.
Afinal, o que é ser criança? A resposta é difícil. Joan Miró (1893-1993), famoso pintor catalão, aos setenta anos, surpreendeu ao dizer que ele pintava seus quadros porque nunca havia deixado de ser criança...
Nem tudo se conhece sobre a infância. Lucas e Samuel que brincavam no CDC Jardim Rosana, nessa pose ensaiam um gesto diferente que pra eles simboliza a garra da amizade. Encantaram-se com a gente falando poemas no campo e aí estão ricos em sua alegria. Desejam ser, deliberadamente, artífices de suas vidas e de suas artes e se os adultos estiverem afinados com a melodia do carinho, da paciência e da atenção, é possível rir com eles, descobrir a criança que ainda guardamos em nós e lembrar que a vida também é jogo.
Assim comemoraram as crianças que, no CDC Uleromã, foram à nossa oficina aprender a brincar de poesia...Confiram como foi possível aliar literatura à oralidade, leitura e alegria nesse vídeo do Dia das Crianças, com Daniel, Érica, Maria, Bia e os demais amiguinhos.
Reportagem: Alai Diniz
Fotos e vídeo: Marco Pezão
Vejamos alguns flagrantes dos CDCs da região do Campo Limpo que acabou se tornando um dos poucos espaços de convivência laica na periferia.
Aí vai Enzo Tobias, de pouco mais de três anos, que no CDC Cleuza Bueno, ensaia, descalço, sua jogada precoce na quadra de basquete. Naquele instante, o único que vale é rumar pra bola correndo até alcançá-la e ver que por mais que ela role, ele vai chegar com esse vigor pra impulsioná-la ainda mais.
Entre aqueles que moram nas ribanceiras; em barracos mal ajambrados, alguns de madeira, à mercê de todo tipo de dificuldades, seja o de falta de esgoto, enchentes...
...nesta reportagem, o destaque aqui é pra aqueles que aprendem a se virar nesse meio precário, a despeito de sua natural fragilidade: as crianças.
Lá no Morro do Piolho, a sede de Caio é de andar de bicicleta, mesmo com o perigo estreito das ladeiras, de um terreno íngreme e sem a proteção adequada no caso de quedas!...Fazer o quê! Caio só pode brincar onde seus pés pisam...
O rosto pintado desse garoto sapeca que se chama Ricardo mostra a alegria com as festividades do Dia da Criança, no CDC Uleromã. Assim como os indígenas, a pintura no rosto abre o jogo para a máscara, a fantasia e a imaginação. Ele agora pode ser quem nunca foi e vibra com seu olhar maroto nesse momento de festa.
Aliás, diversão é algo que poderia acontecer mais vezes em todos os campos...O direito ao lazer infantil. Muitas crianças tem só o CDC como "parque de diversões" existente no bairro. Assim é no Jd Umuarama.
E o polvo inflável toma conta do campo, gratuitamente, com seus tentáculos agarrando a meninada uma vez ao ano. Só uma vez? Pena!
Ser criança é bom mesmo! Principalmente quando o adulto sabe ver que ela não está numa tábula rasa que o adulto vem encher de cimento...
Agora é certo que a criança simboliza inocência, mas o grande desafio também é como educá-la para o convívio... o modo lúdico, a paciência e respeito. Criança que é respeitada, aprende por osmose.
Há quem as veja como cruéis porque dão estilingadas em passarinhos; soltam o papagaio da gaiola; fogem para a rua em busca de ação e alegria...
Que rua? Na periferia esqueceram que a rua poderia também pertencer às crianças. Quando é que se fecha uma rua para uma festa comunitária? Então, com o corpo ávido de euforia, as crianças tendem mesmo a fazer traquinices.
Aliás fomos todos assim!
Agora me digam, as crianças não teriam direito a espaços abertos? A um lazer orientado e à atenção decente por parte dos adultos?
Claro que alguns adultos já sabem disso, esse avô, por exemplo, no CDC Jardim Rosana, parece entender que é possível aliar o futebol, sem deixar de lado a nutrição da netinha.
É claro que as crianças brincam com o que vêem pela frente ou tentam improvisar...Mas ainda há um abismo entre a sociedade e a criança e na periferia isto aparece de modo mais acirrado.
Afinal, o que é ser criança? A resposta é difícil. Joan Miró (1893-1993), famoso pintor catalão, aos setenta anos, surpreendeu ao dizer que ele pintava seus quadros porque nunca havia deixado de ser criança...
Nem tudo se conhece sobre a infância. Lucas e Samuel que brincavam no CDC Jardim Rosana, nessa pose ensaiam um gesto diferente que pra eles simboliza a garra da amizade. Encantaram-se com a gente falando poemas no campo e aí estão ricos em sua alegria. Desejam ser, deliberadamente, artífices de suas vidas e de suas artes e se os adultos estiverem afinados com a melodia do carinho, da paciência e da atenção, é possível rir com eles, descobrir a criança que ainda guardamos em nós e lembrar que a vida também é jogo.
Reportagem: Alai Diniz
Fotos e vídeo: Marco Pezão
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO
POESIA SEM MISÉRIA
A VÁRZEA É ARTE
A VÁRZEA É VIDA
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Esse projeto foi contemplado na primeira edição da Lei de Fomento à Cultura da Periferia da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Fomento na Laje segue na função
I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
O Conselho Deliberativo da Escola de Notícias, região do Campo Limpo, esteve reunido no Espaço de Convivência Cultural I Love Laje, no sábado a tarde, 21/10.
Firmeza na atitude desses jovens interagindo palavra e ação.
Estiveram presentes: Davi Damasceno, Camila Andrade, Giovanna Buccini, Caique Andrade, Debora Reis, Gustavo Domingues, Karol Coelho, Ana Luiza, Leonardo Pereira, Matheus Cardoso,Tamyres Porto, Leonardo Nunes.
O Fomento À Cultura na Periferia, na Laje, segue renovado. O Espaço foi criado para estimular a arte, o convívio social através da literatura.
Poesia é o nosso mote. Muito gentil da Escola de Notícias os comentários enviados. Ficamos envaidecidos.
"O I Love Laje é um espaço muito acolhedor. Espero que a comunidade aproveite e fortaleça a iniciativa, usufruindo. Vida longa!
Karol Coelho
"Gostei muito de passar a minha tarde aqui. É um lugar super gostoso, recomendo."
Agradecidos ficamos, Davi Damasceno, pelo cuidado com a limpeza e arrumação.
A exemplo da Escola de Notícias, o I Love Laje abrigou dois eventos da FELIZS - Feira da Literatura da Zona Sul, em 16 e 20 de setembro.
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO
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quarta-feira, 18 de outubro de 2017
sábado, 7 de outubro de 2017
De Freire a Boal, cenas breves no I Love Laje
I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
Com tanta violência, desemprego e corrupção a mostrar o que se pode esperar dessa elite política atual...
...há quem ainda ache tempo para dissolver vestígios deixados por educadores de renome internacional como o de Paulo Freire.
Em tempos de obscuridade, limita-se a reflexão, surge a censura à arte ou se acaba com o estudo da história afro-brasileira e o direito a salvaguardar territórios em que resistem as culturas indígenas...
...sábios de nossa fauna e flora, e potencialmente importantes com suas línguas, saberes, costumes e modos diferentes de convivência social.
Agora o Congresso Nacional trata de retirar de Paulo Freire o epíteto de "patrono da educação brasileira"...
...mas o que se sabe é que a memória aprofunda legados e esse pernambucano nunca deixará de ser um ícone da escola latino-americana.
Mesmo que retirem dele, em uma canetada, qualquer qualificativo que o vincule ao país onde nasceu... Grandes ideias pertencem á humanidade!
Educador de primeira linha não precisa de alvará.
Já passou à história mundial ao revitalizar o diálogo entre educando e professor ...
...e ao fortalecer a ideia de que para ensinar e aprender não é necessário autoritarismo...
...nem acreditar que o estudante chegue aos bancos escolares sem nada saber...
Há sempre uma troca entre quem ensina e quem aprende. É o desejo de aprender que desperta no mestre a alegria em ensinar...
Quem se sente capaz de ensinar respeita o ritmo do outro, incentivando o auto-conhecimento.
Na década em que Paulo Freire publica seu método de como educar um adulto analfabeto com a pedagogia do oprimido...
....Augusto Boal ensina como usar algo semelhante pra formar um público para teatro.
E como uma pessoa comum pode virar ator para atuar em seu meio...
...despertando a comunidade para pensar nos problemas do cotidiano.
Claro que para resolvê-los são outros quinhentos, mas refletir é um dos passos pra criar a ideia de convívio alternativo...
Ensinar como qualquer sujeito pode ser ator nessa vida que não escolheu pra ter ...
E como o ser humano pode ser "o arquiteto do seu próprio destino."
Ler jornal pra entender o que acontece é parte da vida urbana que a formação das cidades impôs às pessoas....
Hoje o celular, o rádio, a TV e outros dispositivos tomaram esse lugar...
...modificando a paisagem e a subjetividade, as relações humanas e o modo de conviver em sociedade.
Transformar notícias em cenas breves, um dos métodos de Boal pra criar a arte teatral - o teatro jornal...
...é um trabalho que está sendo desenvolvido no Espaço de Convivência Cultural I LOVE LAJE...
E faz parte do projeto de Fomento À Cultura da Periferia.
Nos últimos três meses utilizando de laboratórios e ensaios construímos POESIA NA CARNE, composta de quatro cenas pesquisadas na mídia diária:
"Loa da Salsicha", "Propinocracia", "Pastoreio" e "Sobreviventes."
Confira o vídeo Propinocracia, sob direção de Fernando Solitude para a FELIZS- Feira Literária da Zona Sul...
...gravado no CDC Uleromã, Jd Umuarama, a quem agradecemos pela acolhida ao nosso ideal...
na várzea, é possível, sim, criar ao redor do alambrado um campo de arte.
Educar pra arte não dói, deleita.
Venha jogar no nosso time.
Aguardem, OFICINA DE CENAS BREVES, no Espaço Cultural I LOVE LAJE.
Rua Martinho Vaz de Barros, 27 - Campo Limpo...
Texto de Alai Diniz e Marco Pezão
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO
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sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Samba da Solidariedade no CDC Cleuza Bueno
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1ª Copa Titânico 50º: confira a rodada
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