Ronaldo é o cara

Eu sou varzeano de ventre. Futebol está sempre entre meus pensamentos. E feito futebolista apreciador de bola nos pés criei empatia com o Ronaldo, desde o mundial de 2002, e agora mais por sua participação no SC Corinthians.

No decorrer da carreira, superando lesões que a qualquer um estremece, o vejo sempre com uma alegria enorme, participativo, e, embora palmeirense, me declino ao alvi negro do Pq São Jorge, time que repatriou o Ronaldo, pro nosso regozijo.

Apesar do Obina gravar seu nome na eternidade do sistema, os 3 a 0 do fim de semana doeu na alma lusitana da minha corinthiana, Otilia.

Doeu na mão do Ronaldo, lesionada fratura. Mesmo assim, sem curtir em cima do porcolindo feito, dado a cultivar poemas, segue este aos meus amigos varzeanos e corinthianos:

Ronaldo é o cara

Marco Pezão

Olhos múltiplos de mil
Símbolo que a fé agracia
Aprecia defeitos refeitos joelhos
Velho veloz gordo arranque
Superando vil profecia...

Avante autenticidade
Adiante aliteração
O zagueiro exangue...

Além da intermediária
Os pés dominam refém
É faro, o ver sem olhar, raro
Imagem poética, do espaço consciente
Consistente corte seco azeite
Deita, prancha defensor
Ajeite, flor de ginga subseqüente
Novo drible e cancha, arriba, agüente
Ele, eloqüente fole exalta multidão...

Exato desenrole, doce cobertura
Brandura, pombo sem asas, solta
Rente trave ou travessão
De bico, canela, que importa?
Arte de artilheiro, atento
Saltando entraves, chuteiras
Barreiras e travas da vida, sábia cabeça
Sábia maturidade no ofício
Milagrosa rede explora
É bola, tá na malha da gaiola...

É bola, tá malha da gaiola...

Assonância na arquibancada
Força brada, futebol!
Cântico de guerra exala, arrepia
Em campo, o sinônimo indica superação
Midas, ouro em pedregulho
Qual a cor e o tamanho do sonho?

Intensa interna metáfora rima,
Perfeita em vôo toante
Alvinegro se fez brasileiro
Expande melodia, sinfonia,
Amante altivo, atuante corintiano...
Fenômeno, Ronaldo...
Você, meu irmão, é a cara do gol...

“Vamo, vamo meu irmão, vamo meu irmão
Não para de lutar...”

“Vamo, vamo meu timão, vamo meu irmão, não para de lutar...”

Cortinthinha festeja aniversário com o Levanta Poeira

O Corinthinha do Jd Maria Rosa, aniversariante de domingo, 19/07, convidou o Levanta Poeira afim de participar do festejo. Cheguei já na 2ª etapa do jogo amistoso e narrando o encontro estava o nosso Osmar Santos, locutor oficial da várzea taboanense. O rapaz curte em cima e tem maior imaginação.
Não deu para entrevistá-lo, dessa vez. Fico devendo ao blog.
Mas, por falar em rádio, uma cidade do porte de Taboão, não ter ao menos uma emissora local, devidamente regulamentada. Sem necessário ser de maior alcance. Ocupando apenas sua pequena e numerosa área quadrada. Mas para isso é preciso ter políticos que se empenhem, coisa que o municipio taboanense, em 50 anos de vida política, nunca os teve...

O Corintinha foi fundado no Jd Maria Rosa, em 15 de julho de 1972, pelos varzeanos natos: o falecido Quinhão, Antonio Lisboa, Antonio Barba, Zé Carlos, Manuel, e Daniel. Descendência portuguesa e corinthianos de paixão....

Segundo o diretor Lelo, o Corinthinha já ganhou mais de 150 troféus e é a única equipe que disputou os 18 campeonatos da 1º divisão taboanense, sem nunca ser rebaixado. Entre as conquistas do time estão Camepão da Copa Vista Alegre (1988), Campeão da Copa Embu (1989), Campeão da Copa Martinica (1992), 3º colocado na Copa Cleuza Bueno (1998), Vice campeão do Torneio do Boi (1999), Vice campeão invicto da 1ª Divisão de Taboão da Serra, em 2001, quando perdeu para o Amigos, em cobrança de penais...

Brilharam no time, jogadores com Piter, que atuou no Figueirense, Grêmio Portoalegrense, Sport, de Recife. Thiago, no São Paulo FC, Neguita, que está na Suécia, e Eliezer, que jogou em Maúa e no Recife, e ainda veste a gloriosa camisa alvi negra...

O centro avante B.A, também tem longa história no clube. No jogo domingueiro, o Corinthinha perdia por 2 a 1 e lutou muito até conseguir o empate...

Em ação, o goleiro do Corinthinha...

Eliezer se prepara para cobrar a falta...

O narrador faz uma pausa na transmissão para faturar a propaganda...

A várzea de Taboão já se acostumou com trio de arbitragem devidamente uniformizados. Convidado para apitar a partida, o árbitro de calça comprida não deu mole...

E distribuiu cartões amarelos quando julgou necessário...

O banco do Corinthinha vai ao ataque junto com o time...

Falta a ser cobrada, o Corinthinha não queria ter água na cerveja...

Barreira do Levanta Poeira formada pra garantir o patrimônio...

O tiro sai muto acima do arco e o goleiro Clodoaldo só acompanha...

Um lance confuso do centro avante B.A provocou polêmica..

Em validar ou não o gol, o árbitro opitou por dar a penalidade máxima...

Eliezer ajeita a bola sob olhar do B.A...

O artilheiro toma a devida distância...

E, sem dar chance pro Clodoaldo, Eliezer manda no canto para igualar o placar em 2 a 2. Para o Levanta Poeira marcaram Corró e Alessandro, pro Corinthinha Léo também deixou sua marca...

Festejado resultado...

Só foi o tempo de dar a saída de bola, encerrado o compromisso...

Corinthinha e Levanta Poeira se uniram pra foto comemorativa...

No centro, o Marco Aurélio, o Lelo, diretor do Corinthinha e Marmitão, presidente do Levanta Poeira...

Silvinho, o filho, e o ala Luiz, do Levanta Poeira, equipe fundada em... e atual vice campeão de Taboão da Serra...

Aí a faixa oferecida com carinho...

Rapaziada na nova e velha guarda do Corinthinha...

O presidente Marmitão ao lado da revelação, Alessandro, meio campista, de 15 anos, autor do segundo gol do Levanta Poeira...

No repeteco, Alessandro, Marmitão, agora, com Cheiroso, símbolo de dedicação ao time ...

Onde o Levanta vai, a barraca vai atrás...

Varzeano é paixão...

No bar do Corinthinha onde aconteceu a confraternização, os amigos Fiantol e Helio Calgraf, diretor do Levanta Poeira...

Na frente da sede, todos devidamente abastecidos...

Entre os herdeiros Lelo e Dirceu, o Manuel da Silva Pestana, morador em Taboão da Serra, desde 1954, pai de 5 filhos e avô de 4 netos. O Mané é presidente fundador do Cortinhinha...

Bebemoramos a comemoração com gosto gostoso de amizade...

Duzão, batalhador e amante de nossa várzea, ao lado de Hélio Calgraf, outro ícone de nossa história...

O presidente Manuel e a esposa...

O Salvador levando o seu abraço aos aniversáriantes corinthianos...

Da domingueira ali passada ficaram bons momentos. Parabéns Corinthinha...

Vencendo pela idade

Sob a coroa de espinhos sofre o mártir.

Milênios não suavizam o escarnecer da cruz.

No púlpito, eloqüente padre...

Finaliza a consagração domingueira.

- Perdoai os inimigos. Quantos aqui presentes oferecem tal virtude?

Dos bancos tomados sinalizam fieis. Aderência tímida.

Replicou o padre, apontando o símbolo cristão:

- Ele, cujo exemplo a imortalidade deve seguir, golpeado
ofereceu a outra face e perdoou... Perdoai os inimigos,
quem mais aqui presente oferece tal virtude?

Todos encorparam o rebanho...

Menos, delicada senhora sentada no banco à frente.

Dirigindo-se a ela, microfone em punho, o reverendo disse:

- Salve, dona Josefina! Pois, então, não perdoa os teus inimigos?

- Eu não tenho inimigos, padre - respondeu a gentil velhinha.

Tomando-a pelo braço, o vigário levou o diálogo ao altar.

- Qual é a tua idade, dona Josefina?

- 99 anos.

- 99 anos e sem o amargo da injúria! Aleluia!

Com vigor, os fiéis aplaudiram o feito.

- Nos conte, por favor, como é possível manter-se alheia
aos inimigos tão longa vida?

A boa senhora pigarreou a voz e entusiasticamente falou:

- É que todos os filhos das putas, já faleceram...

Marco Pezão (midraxe hagadá)

Uma história para ser recontada

Convidado pelos amigos Marmitão e Hélio Calgraf cheguei na manhã de domingo, 6 de julho, tipo 9h30, na rua Vinicius de Moraes, Jd Roberto, no bar da Fátima, sede do Levanta Poeira...

Tendo por objetivo usar minha objetiva, sou dedo no gatilho.
Adão e a diretora Raquel adiantam o expediente recheando a churrasqueira...

O sol de inverno aos poucos aquece e a rapaziada vai chegando...

Afinal, essa domingueira tem sabor especial...

Já fazem 20 anos que o manto azul e branco do Levanta Poeira esteve envolvido numa decisão do campeonato municipal de Taboão...

A ansiedade, queira ou não, se faz presente; por mais que se disfarce...

O ônibus pro transporte da torcida está no ponto...

Embarcamos e vamos levando um só desejo...

O destino é o estádio municipal...

E estamos prontos para encarar o desafio...

Com muita alegria, samba e cantoria...

O coração de todos passa a ser só um...

A comunidade e o futebol em plena confraternização...

O desfraldar da bandeira do Levanta Poeira...

O adversário Estrela traz consigo a simpatia do Jd Maria Helena....

No encontrar de conhecidos o clic acontece: Macário, vereador, e Neli do Som...

Depois, Roberto Peba, Macário e o Zé, pai do jogador William, do Estrela...

Em direção ao campo, a hora está por chegar: Savazzi, a jornalista Renata e o Neli do Som, que também é comandante do Rejeitados do Maria Rosa...

O trio de arbitragem, Serginho, Vagninho e Índio puxam a fila...

A moda indiana, Levanta Poeira e Estrela adentram o gramado...

Frio na barriga, com certeza...

Em reverenciar o próximo e levar fé em si mesmo, é a bola...

Partir ao encontro da torcida e aplaudir quem acredita na cor da camisa...

O Estádio foi sendo tomado por simpatizantes do nosso esporte bretão...

Em guardar lembranças, Marquinho Vila, Pagode, e filhos...

O colorido especial da arquibancada...

Silvinho atende ao amigo para mais um flash...

O hino nacional brasileiro sendo executado...

Mesmo sem cantar, os versos ecoam no pensamento...

E agita, e arrepia, e dá uma vontade enorme de jogar futebol...

E essa paixão nos une e enriquece nosso viver...

Parece que foi ontem; Clodoaldo, do Levanta Poeira, e o filho que já chega ao seu tamanho...

Cumprimentos e respeito antes de começar o decisivo pega...

Eu continuo focando, agora Binho e Guilherme...

Marquinho Vila e família, somos parte de uma extensa narrativa...

Extensiva à agremiação Levanta Poeira...

E Estrela do Maria Helena,
protagonistas de mais um capítulo de nossa gloriosa história varzeana...