quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Portuguesa é campeã da Copa Vila Mariana Masters

A Portuguesa da Vila Mariana é tradição em nossa várzea

Botafogo não resiste e vê título escapar nos pênaltis


Na tarde de sábado, 6/12, a comitiva botafoguense partiu da sede bar do Tio Carlinhos.


Em direção a São Paulo foi disputar a decisão da Copa que leva o nome Portuguesa da Vila Mariana.


A Portuguesa, pra se ter uma idéia, foi fundada em 28 de fevereiro de 1936.


O campo é sobrevivente a toda devastação que sofreu a várzea paulistana.


Devastação praticada por governantes, sem preparo cultural. Desleixo de uma Federação Paulista de Futebol que só se ocupa com o lucro a ser obtido.


Deste lado, o governo municipal do Dr Evilásio nem o ônibus requisitado colocou à disposição da torcida foguense.


O Botafogo da Vila Pazine é Taboão da Serra onde quer que vá.


Merece mais consideração pela história do time. Se não basta, pelas pessoas que o compõem.


Diga-se de passagem, fieis contribuintes.


O confronto


Partida decisiva. O Botafogo foi campeão em 2006 e vice em 2007. Acostumado a chegar.


Busca atropelar a Portuguesa. Dona do campo e organizadora desse campeonato masters 45, querendo sentir o peso da taça em primeira mão.


Apitando, um nome. O Lica, Luis Carlos Cardoso, a quem reverencio por outras ocasiões, filho legitimo da nossa várzea.


Melhor o Botafogo. A tímida lusa tentava encorpar. Dois erros em saída de bola deram chance ao Fumão, centroavante, de estufar a rede.


Clareou quando Robson cobrou a falta e o goleiro Geléia escorregou o rebote. Marquinho, o meia, ligado no desenrole bateu pro fundo do gol: 1 a 0.


O confronto tomou equilíbrio. O Bota, a meu ver, poderia ter matado o jogo.


Não o fez, e a Portuguesa cresceu na segunda etapa.


O castigo resultou no aproveitamento perfeito. A bola sobrou viva na área e o atacante Fabio estufou a malha da gaiola: 1 a 1.


Desentendimentos aparte, entre ameaçar e ser ameaçada, a Portuguesa esteve mais próxima da vitória.


Mas o empate acabou sendo de bom tamanho pela produção das duas equipes.


A decisão do titulo aconteceu nas cobranças de pênaltis. O Fogão saiu na frente. Osni marcou, e Zé Sergio deu brecha pro goleiro Bahia defender o chute.


A empolgação nada durou. Fumaça bate sem juízo e o goleiro Geléia se esparrama na defesa.


Indo adiante, alternados, Jorge, Fabio, Zeca e Boca, marcaram.


Na vez do Robson, o buxixo. Pode ou não cobrar, já que o Robson saiu machucado no primeiro tempo e só voltou a campo pra chutar o penal?


Acordo formalizado. Suspense, e Robson disparou com violência em direção a trave esquerda do goleiro Geléia.


Ficou na incumbência do Zé Roberto, o acerto final. Bola num canto e o goleiro Bahia no outro. É a Portuguesa correndo pro abraço campeão.


O presidente luso, Arthur, o Tuca, 63 anos, comentou:


“Eu estou feliz com a união que existe entre o Botafogo, a Portuguesa, e todos os time que aqui participam. A várzea é a coisa mais linda que tem. Pra nós é uma satisfação recebê-los. Perder ou ganhar é uma contingência do futebol. Somos campeões, mas a amizade é o que vale, é o que prevalece nesta Copa”.


O técnico botaguense, Rubinho falou:


“É a velha história, quem não faz, leva. Nós podíamos ter decidido o jogo no 1º tempo e infelizmente não finalizamos de forma definitiva. No 2º tempo a Portuguesa veio pra cima e conseguiu o empate, e tudo acabou nos penais. Na disputa de pênalti também conta sorte e eles foram mais felizes do que nós”.


Equipes

Portuguesa Vila Mariana
Geléia, Dingão, Zé Roberto, Jorge, Cafu, Fabio, Boca, Feijão, Zé Sergio, Luiz, Barnabé, Pedriho, Wanderlei, Lau, Sorriso e Wilsom Pelé
Comissão Técnica: Pedrinho, Arthur e Pereira


Botafogo do Pazine

Rogério, Vadinho, Natanael, Osni, Titã, Jorge, Marquinho, Lula, Fumão, Sandro, Robson, Neguiça, Pelé, Zeca, Fumaça, Luiz, Piu, Bahia, Edu, Cido, Caito e Nilson
Comissão Técnica: Rubinho, Marcolino, Altivo, Ricardo, Kiko, e Botinha


Arbitragem

Luis Carlos Cardoso, Alfredo Mora, Luiz Carlos Cardoso Junior, Reginaldo da Silva Dias e João Geraldo

O Botafogo da Vila Pazini mostra de novo que é um time de chegada...

Destaques Portuguesa da Vila Mariana e Botafogo Pazini

Bar do Tio Carlinhos, sede do Botafogo do Pazini. Ônibus requisitado e a prefeitura de Taboão não cedeu. Atrapalhou, mas não impediu o time de seguir viagem pro confronto programado no sabadão à tarde...

Em campo, a Portuguesa da Vila Mariana, de Cafu, e o Botafogo, de Caito e Lula, disputam o título de campeão. É a copa masters 45 organizada pela própria Portuguesa...

Sem poder jogar por conta de contusão, Altivo, que gosta da bola e do time, faz parte da comissão técnica foguense...

No corre, em duas bobeadas dos lusos, o Fumão não conseguiu aproveitar a oportunidade oferecida...

Mas foi no rebote do goleiro Geléia, em falta cobrada por Robson, que resultou o gol...

Marquinho, ligado no desenrole, aproveita a sobra e fuzila...

Direto pra rede, sob o olhar distante do goleiro Geléia: 1 a 0 Botafogo...

Beleza! Marquinho recebe dos companheiros o abraço real...

A Portuguesa presa à marcação...

Jogava recuada, procurando se articular...

E quando chegou a meta do Fogão, tinha lá a segurança do goleiro Rogerio...

O Botafogo esteve muito perto de ampliar o placar ainda no final do 1º tempo...

Vila Mariana, e o campo da Portuguesa é resistência desde 1936...

A torcida feminina do Botafogo vibrava com o time e pra foto...

Mas a Portuguesa cresceu na 2ª etapa e passou a ameaçar o trabalho do goleiro Rogerio, que nesta se saiu bem...

Mas não conseguiu impedir que o chute a queima roupa do centroavante Fábio, chegasse ao fundo da cela..

Era o empate de 1 a 1, e a esperança de vitória tomou conta. Fábio corre...

E recebe nos braços o presidente Arthur, o Tuca...

Aí, de novo, Fabio chega batendo com perigo...

E não podia faltar o barulho dos mais exaltados...

Discussão e a turma do deixa disso fazem parte...

O futebol varzeano é sempre curtição. O presidente Tuca e o técnico Rubinho numa idéia ao pé do ouvido...

O Botafogo criou esse lance de bola parada, que assustou o Geléia naquela altura do jogo...

Partida que brindou os vovôteranos em mais decisão apitada pelo Lica, e que foi decidida nos pênaltis...

O goleiro Bahia entrou na partida só pra defender os penais, e de cara segurou o chute do Zé Sergio. O Botafogo saiu na frente...

Mas no lance seguinte, Fumaça manda no canto escolhido pelo Geléia. A Portuguesa se recupera...

E, alternados, os chutes colocavam bola num canto...

E goleiros em outros...

Até que Robson, batedor oficial, se prepara pra enviar seu recado...

Direto pra trave esquerda do goleiro Geléia...

Olhares atentos, Zé Roberto tem a responsabilidade nos pés...

E não decepcionou. Bahia e a torcida ao fundo viram a bola indo pra malha da gaiola...

A Portuguesa vibra com título conquistado...

Lágrimas, e o presidente Tuca se emocionou ao receber o troféu de campeão...

O Tio Calinhos, entre Marcolino e Rubinho, disse:
"Acho que valeu. O Botafogo é uma equipe que vive de suas próprias forças. Pedimos um ônibus pra prefeitura de Taboão da Serra pra levar a torcida e facilitar o transporte do time, mas não conseguimos. Nós somos trabalhadores e vivemos do nosso salário. Não temos campo e sobrevivemos por que temos amigos. O Botafogo é uma familia. Perdemos nos pênaltis, mas tenho orgulho de ser vice campeão"...

A Portuguesa da Vila Mariana encerra sua participação no ano soltando o grito pretendido: É campeão!...

Em posse do troféu, o presidente Kiko, Orlando Maravilha e Manuel, retornam de boa pra Vila Pazini. Dever cumprido, afinal, o time foi campeão em 2006 e agora acumula um bi vice...
Parabéns Portuguesa da Vila Mariana
Valeu Botafogo!