Das Rosas, domingo, 20, o Sarau dos Poetas da Casa acontece. Alunos e ex alunos reencontram-se ao final de cada oficina realizada...
Maria Alice apresentou e declamou no Sarau da Casa:
"Duas horas de sono
Descompasso
Quando muito duas horas
Outras tantas horas
Passo me decompondo"...
"Duas horas de sono
Descompasso
Quando muito duas horas
Outras tantas horas
Passo me decompondo"...
"Aos quinze era Camus
Que não me deixava dormir
Estrangeiro em mim..."
Que não me deixava dormir
Estrangeiro em mim..."
Charles, que também auxilia na organização do evento:
"Dou só
Suado a aula
Pânico frontal
Mímico no escuro
Grito no vácuo
Carta que se perdeu
No atalho marginal..."
"Dou só
Suado a aula
Pânico frontal
Mímico no escuro
Grito no vácuo
Carta que se perdeu
No atalho marginal..."
A poetiza Neuza Pommer valorizou a palavra. Da poesia de Frederico Barbosa, ela comentou:
"Uma certa dureza - quase pétrea - transparece na leitura desses poemas. Porém, parece-nos que essa dureza é própria dos diamantes. O seu brilho será mais resplandecente, quanto melhor a lapidação feita por seus leitores."
"Nem nas horas de folga
Nas poucas horas de folga
Sossego
Ha sempre o que fazer
Há sempre o que não fiz
Há sempre o que farei
Há sempre
Há sempre..."
"Uma certa dureza - quase pétrea - transparece na leitura desses poemas. Porém, parece-nos que essa dureza é própria dos diamantes. O seu brilho será mais resplandecente, quanto melhor a lapidação feita por seus leitores."
"Nem nas horas de folga
Nas poucas horas de folga
Sossego
Ha sempre o que fazer
Há sempre o que não fiz
Há sempre o que farei
Há sempre
Há sempre..."
O desfile de poetas continua, Patricia no palco:
"Só
Para não chorar
Nos meus oito
Deslocado: calava..."
"Só
Para não chorar
Nos meus oito
Deslocado: calava..."
Rebeca dirigiu a dramatização e deu seu recado:
"Não me fale em planos
De vida ou outros tantos
Não me venha com projetos
Certos prefeitos retos
Danem-se os orçamentos..."
"Não me fale em planos
De vida ou outros tantos
Não me venha com projetos
Certos prefeitos retos
Danem-se os orçamentos..."
"Vivi torto porque quis
Felizmente infeliz
Sou bomba sem pacto
Pavio curto de cacto
E saia de perto
Que é estouro certo..."
Felizmente infeliz
Sou bomba sem pacto
Pavio curto de cacto
E saia de perto
Que é estouro certo..."
Sandra Ginez acrescenta letra nova ao nosso hábito:
"O mundo se arma
Para o blá-blá-blá
Satélite Browser
Telefone celular
Ondas e sondas
Sem ter o que falar"...
"O mundo se arma
Para o blá-blá-blá
Satélite Browser
Telefone celular
Ondas e sondas
Sem ter o que falar"...
O declamo de Selda Roldan:
"Nunca cri
Nunca quis outro plano
Nunca soube
Por engano ser feliz
Na treva névoa
Da clara lucidez
Restou-me esse
Desprezo essa mudez"...
"Nunca cri
Nunca quis outro plano
Nunca soube
Por engano ser feliz
Na treva névoa
Da clara lucidez
Restou-me esse
Desprezo essa mudez"...
Cena concreta, Moira em sua intervenção:
"Quem poderia me ouvir
Nessa angústia
A quem interessaria o
meu poço o
Esforço pendular..."
"Quem poderia me ouvir
Nessa angústia
A quem interessaria o
meu poço o
Esforço pendular..."
Na segunda parte cada qual declamou versos próprios. Vou recorrer a Maria Alice para me enviar os nomes, títulos, trechos das poesias declamadas...
Carlos participou do jogral:
"Caio da cama
No abismo compromisso
Saio tarde demais
Morto demais
Para um café
para pensar em ser..."
"Caio da cama
No abismo compromisso
Saio tarde demais
Morto demais
Para um café
para pensar em ser..."
Charles:
"Poesia ou geometria
Nada comove
Passam pontos planos retas
Nenhum som ou rosa envolve
Tudo tomba
Semente em pedras
Tumbas..."
"Poesia ou geometria
Nada comove
Passam pontos planos retas
Nenhum som ou rosa envolve
Tudo tomba
Semente em pedras
Tumbas..."
Daniel, de Taboão da Serra, presente:
O branco
O diabo azul
O sempre
O todo dia
O mais que profundo
O chumbo
O horror..."
O branco
O diabo azul
O sempre
O todo dia
O mais que profundo
O chumbo
O horror..."
A premiada Dora:
"Tudo quebra
Carro vaso tv
As coisas caem
Sem o saber
Só eu me quebro
Contra a parede
Por querer"
"Tudo quebra
Carro vaso tv
As coisas caem
Sem o saber
Só eu me quebro
Contra a parede
Por querer"
O jovem Edson figurando com maestria:
"Panaca
Não entende minha raiva
Tem tudo
E vence
E vem se gabar
Na minha cara..."
"Panaca
Não entende minha raiva
Tem tudo
E vence
E vem se gabar
Na minha cara..."
Versátil, Julio cantou e declamou:
"O acordar é o
Grave o
Dia o
Diabo o
Diabólico o
Sono o
Sono o
Horror o
Chumbo o
Mais que profundo o..."
"O acordar é o
Grave o
Dia o
Diabo o
Diabólico o
Sono o
Sono o
Horror o
Chumbo o
Mais que profundo o..."
Moira retorna:
"Quem quer saber
Do meu umbigo o
Nariz perdido
Sem um magro cavalo
Sigo no carro calado o..."
"Quem quer saber
Do meu umbigo o
Nariz perdido
Sem um magro cavalo
Sigo no carro calado o..."
Vindo de Itapecerica da Serra. Do povo do Ita. O Benedito:
"Procuro no vão
Pegar
No sono do sono sem sono
Apagar
Do sono no sono sem sono
Procuro no vão
Do sono"
"Procuro no vão
Pegar
No sono do sono sem sono
Apagar
Do sono no sono sem sono
Procuro no vão
Do sono"
Na assistência o engenheiro Ramos de Azevedo que construiu a Casa das Rosas para sua filha, por ocasião de seu casamento...
Um comentário:
Fala, Pezão!
Aqui é o parceiro!
Me chamo Paulo D'Auria, e o poema é "Real Grandeza":
Se Deus quiser o casamento sai pro ano / Estão juntando algum pra não haver desengano / O barraco tá uma beleza / Fica na rua Real Grandeza, na Vila Brasilândia.
Abraços, rapaz!
Em tempo: Rebeca declamando Poema em Linha Reta foi o ponto alto do sarau!
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