I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
Se você foi aquela criança que odiou a escola...
Se o trabalho precoce lhe impediu de estudar na infância...
Se desistiu da escola pelo cansaço...Ou foi aquele professor que tirava sarro do seu jeito de falar ou de escrever?
Ou mesmo colegas que riam de você quando errava alguma coisa.
Então? Ainda é tempo de conhecer, no Campo Limpo, uma escola modelo, mano!
A equipe do I love Laje visitou esse espaço esplêndido que, acredite se quiser, é público.
O poeta Marco Pezão, ao ser convidado por Diego, educador comunitário, pra abrir a Feira Literária do CIEJA, teve a ideia de incluir o grupo nessa parceria.
E abrir espaço a um aprendizado coletivo realizado com e para estudantes adultos...
Há quem traga, em sua bagagem, o ritmo do atabaque: a percussão...
...o outro aprende com a colega os passos e assim vão descontraindo o corpo e enriquecendo a mente.
O CIEJA reconhece saberes dos estudantes que trabalham, sustentam a família e ali são protagonistas. Tudo é negociado com eles.
Abrir as portas para Jovens e Adultos implica também atender 280 pessoas em inclusão
Essa é uma aula da Profa. Rosimeire Lopes a estudantes de baixa visão.
A sala é equipada com Braile e o desenvolvimento de cada um passa pelo tato, a percepção auditiva e outros órgãos do sentido...
Ambiente transformador, o CIEJA do Campo Limpo mostra a qualidade desse atendimento...
Um número exemplar de estudantes, acolhidos com amor, cuidado, respeito, liberdade e solidariedade, alguns dos elementos que a diretora nos explica em entrevista à equipe do I love laje.
Êda Luiz é o nome da diretora do CIEJA que tenta absorver aqueles que a escola comum expulsou ou a vida abandonou à própria sorte.
Com salas diferenciadas, uma biblioteca circulante, rampas adaptadas aos cadeirantes e sempre à escuta da voz estudantil que ali se respeita.
As parcerias norteiam o que há de diversificado nesse centro de estudos.
De onde vem esse ambiente acolhedor, colorido e diferenciado que se respira no ar, nas paredes, nas plantas e nas salas de aulas?
O impacto é de um legado democrático no campo educacional.
Há 19 anos, a Diretora Êda Luiz tem como prática as assembleias para decisões coletivas. Nela, estudantes, docentes e funcionários opinam, discutem e praticam o que é resolvido.
Sem "celas" - a metáfora usada por um aluno pra se referir às carteiras - no CIEJA, as salas de aula têm mesinhas que servem a um saber compartilhado, no controle de individualismos ou competições.
Exemplo disso, é o que vimos no lanche do Dia da Família, na Feira Literária e outras ações que vão criando a vocação comunitária...
Cada turma decide o que pintar nas paredes, um perfil aqui, uma árvore ali... e vão deixando em seu interior.
A equipe de professores, sob a batuta de uma dirigente com tal consciência de seu papel...
...só se entende, após ouvi-la dizer com quem aprendeu...
...de quem foi aluna?
Nada mais nada menos que de um dos papas da Educação. Aquele que é mundialmente reconhecido: Paulo Freire.
Primeiro, como coordenadora pedagógica e depois como diretora, Dona Êda compartilha conosco, no vídeo abaixo, algo de uma metodologia inovadora que oferece um ensino interdisciplinar a partir de temas geradores escolhidos pelo grupo.
Competência, solidariedade e afetividade rolaram nesse nosso primeiro contato com um time de professores nota dez.
Caroline Tomoi, bibliotecária, comenta sobre a parceria que ali organizou uma biblioteca circulante...
Livro! Eis aí um bem cultural antigo que em papel, ou virtual, proporciona uma experiência que empolga, fascina e sedimenta, no silêncio, a reflexão.
Filho de peixe, como a foto registra, Miguel, filho de Carol, fanático por ler tudo o que vê pela frente, aceitou até o desafio de decorar um poema pra falar em um sarau...
Além de poetas do CIEJA, Marcão, mesmo lendo no celular, levou um poema seu que conquistou a galera.
Enquanto Otília preferiu homenagear as Mães com uma melodia que fez muita gente chorar...
Marco Pezão conta sua história na criação dos saraus e depois emplaca com o poema "Nóis é ponte", internacionalmente conhecido.
Atendendo a 400 jovens, respira-se no CIEJA a inovação de seus docentes, a alegria que escapa pelos poros daquele espaço...
Além de adultos e estudantes com necessidades especiais, o que vimos e ouvimos lá nos cativou.
Essa parceria seguirá contribuindo para chamar a atenção a um centro de fibra que faz parte da cultura na periferia.
Uma escola cria a rampa pra que jovens e adultos (que ainda se dispõem a sonhar) voltem a acreditar em seus sonhos e conquistem seus espaços na sociedade.
Que se multipliquem experiências como esta...
A equipe do I love laje felicita a todos, acreditando que o CIEJA, do Parque Maria Helena, é chuteira na medida pra quem ainda quer participar do jogo produtivo da vida.
I LOVE LAJE ENTREVISTA
A DIRETORA ÊDA LUIZ
Texto: Alai Diniz
Fotos: Marco PezãoGravação e edição de vídeo: Marcos Vellasco
Edição: Alai Diniz e Marco Pezão
Agradecimentos especiais a Diego, educador comunitário, pelas fotos e a Carol, pelo transporte e acolhimento.
DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO:
POESIA SEM MISÉRIA
A VÁRZEA É ARTE
A VÁRZEA É ARTE
A VÁRZEA É VIDA
PARTICIPE!
Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo
Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo
2 comentários:
O prazer foi nosso de firmar essa bela parceria. Nossa escola estará sempre aberta pro I Love Laje.
Estamos em família, cuidamos dos nossos, aqui é nosso território... E vcs já são da casa!!!!
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