sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sarau do Binho bombou no Clariô!

Segundona abençoada. O Espaço Clariô clareado de gente. Arquibancada, palco e a entrada, tomados. É o Sarau do Binho, e o lançamento de sua coletânea onde estão reunidos 183 poetas propagadores de nossa literatura periférica.

- Ô diretor! Cerveja sem álcool não tem personalidade, me falou o Jaime. Que maré! Dessa vez me superei.  David da Silva me ofereceu uma lata gelada, e eu não bebi. Marcelino Freire, Galdino e Otília saboreavam, e eu não bebi.

Continuo embriagado diante do acontecimento. Para quem conhece a história do atual movimento poético sabe a emoção que me refiro.

Em janeiro de 2003 escrevi: 'Vejo com entusiasmo um leve aceno, o despertar ao novo gosto. A poesia ganha voz, mobilidade, e nas ruas da cidade atinge os mais diversos corações. 

Ouço o pulsar deles. Vêm ao encontro do órgão central exposto em forma de sarau. É a nossa poesia! É a nossa poesia!

Palavras e rostos novos misturam-se aos antigos, marcando a presença de tantos amigos. Garajão, o abrigo das mais variadas emoções.

De Taboão somos mensagem, movimento, mão de obra, acima de tudo periferia. Somos os poetas envolvidos na criação real da vida em melhores momentos. Retomemos o trabalho que nos espera. Sejamos todos bem-vindos em retorno ao nosso gueto!'

É muito loko olhar pra trás e me vê ao lado do Binho, do Sergio Vaz, Elmantos, Mané do Café, Kennya, Helber, Pilar, Samanta e tantos mais que se incorporaram à água e conjugaram o plural em singular.

O rastilho da pólvora nos levou a diversidade de caminhos. E o ouro garimpado está agora em minhas mãos.

A coletânea do Sarau do Binho é um mapa onde nos mostra o quanto se propagou a nossa poesia, em quantidade e qualidade.

Evoé: Robinson Campo Limpo/Taboão!

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