Balanço da Oficina Livre de Teatro para Iniciantes de 2018

I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA

Aos sábados, de fevereiro à dezembro de 2018, nós,Carina e Michele oferecemos a Oficina Livre de Teatro do Espaço de Convivência I Love Laje no fomento à cultura da periferia.   

A oficina começou com 15 pessoas, de faixa etária diversificada: crianças, mães, adolescentes, terceira idade... com o intuito de despertar a expressão corporal em jogos teatrais, cenas, exercícios e estimular a criatividade, o foco e o desenvolvimento artístico de cada participante.

Tivemos bons resultados, a turma foi descontraindo, criando intimidade, conseguindo lidar com a timidez e a vergonha de se expressar, de criar personagens, de ser ridículo...

No segundo semestre, alguns integrantes tiveram imprevistos e deixaram de vir às aulas, sofrendo por desapegar da turma, mas não houve jeito. Finalizamos o semestre com seis elementos em uma faixa etária diversificada entre garotas de 13 e14 anos a adultas de 40 e 50 anos de idade.

Foi o momento em que sentimos que elas estavam realmente preparadas para criar em cima de seus primeiros monólogos 
teatrais. 

Elaboramos juntas 6 cenas com diversos trechos de obras famosas.Giovana estudou uma cena de Pequenos burgueses (1901) de Máximo Gorki. Sua mãe que participou também da oficina, estudou um trecho do conto '' A terceira margem do rio'' de João Guimarães Rosa. 

Bel estudou uma cena de Vereda da Salvação(1964) de Jorge      
Andrade.  Assim fomos preparando as cenas até o final do ano, dando continuidade às aulas planejadas com jogos teatrais e paralelamente, com os ensaios, atendendo as necessidades individuais de corpo, voz, figurino, cenário para uma produção final em que todas apresentaram suas cenas ás demais. Acreditamos nelas e elas em nós no teatro e no I Love Laje. 

Agora, ao final da jornada  é hora de avaliarmos em conjunto as  atividades para sondar as possibilidades reais de propostas para o  futuro. 

É gratificante e muito especial poder facilitar oficinas a pessoas que têm sede de experimentar, e, muito mais prazeroso é estarmos juntas fazendo Arte em tempos tão violentos e precários de empatia. Foi um prazer!

Texto de Carina Andreotti e Michele de Andrade

Edição: Alai Diniz

Este projeto foi contemplado na 1a. edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia