quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Casarets na Copa da Paz

I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA

As garotas da frente com as mãos no joelho, as de trás com os braços estendidos...

...umas rindo e todas encarando a lente...

São as Casarets posando pra foto antes do jogo contra o time do BNH Grajaú na Copa da Paz.

Ao lado delas, Cristiano e Luciano da Comissão Técnica, dois guardiões desse time que já conquistou um nome na região e amealhou vitórias, às vezes, quase impossíveis...

Mas, como todo time em vias de  se fortalecer, poderia não sofrer também algumas derrotas? Faz parte do jogo!

Esse  foi o caso de duas partidas em agosto, uma contra o Real Primavera no Festival do CDC Uleromã e outra na Copa da Paz, neste último sábado contra o BNH Grajaú, com o placar de 2 x 0.  

Entretanto, quando se nota a carência de recursos e de patrocínio, sendo as próprias jogadoras a pagar os árbitros; a condução e o lanche, a gente se enternece...

Pra continuar na labuta, só se tornando mesmo, todas elas, muito guerreiras!

No Umuarama ou onde for, com as Casarets em campo, garra é com elas...

e contra o BNH Grajaú quem conta é Cristiano:

 "No primeiro tempo o time teve bom movimento, mas com poucas oportunidades de gol. 

No segundo, houve substituição de Gaby no lugar de Carla, no meio do campo...

A equipe cresceu, mas, no contragolpe, sofremos um cruzamento e a bola arremete pra rede, sem chance pra a goleira Jhennefer. Gol do BNH.

Conforme ainda relata Cristiano: 

"O segundo gol foi outro cruzamento pra área, da jogadora do BNH, que acabara de entrar... 

...com o placar de dois gols, Bia fez um golaço, mas o juiz anulou. Impedimento! Adriana também teve bom momento e levou o perigo à meta do adversário.

As substituições de Brenda por Danda, de Tamara por Joana não resolveram, no entanto foi um bom jogo e as duas equipes merecem aplausos." 

Agora seguem as Casarets na Copa da Paz,  como bem explica Luciano no vídeo abaixo. O próximo desafio será sábado, dia 26 de agosto, às 18 horas no Arena Palmeirinha.

Vamos torcer pelas jovens que  também sabem comemorar as vitórias como se pode ver adiante. 

Mas agora pensando no extracampo, o que será que acontece  com os times femininos da região? 

São escassos. Poucos sobrevivem. E por isso sabemos que há um esforço que não depende só das jovens. Há, de fato, um longo caminho pela frente...

No entanto, a difícil trajetória não se dá pela falta de talento das garotas, nem por sua dedicação ou a dos técnicos,  nem por quem luta por elas... 

O problema é que no futebol de várzea  os times femininos necessitam de incentivo REAL, concreto... E por parte de quem?

A começar pelos órgãos públicos. A seguir, vem o papel da direção dos Centros Desportivos Comunitários para incluírem os times femininos em seus orçamentos, em suas escolinhas... 

Claro que para isto é preciso mudar de mentalidade, de paradigma e combater o machismo que ainda impera...

Então pra terminar são os maridos, os namorados,  os pais e os irmãos...

...além das mães, das irmãs, das mulheres em geral que também tem que aprender a deixar de ser machistas e entender que o campo é lugar pra quem quiser ser protagonista no sintético e na vida! 

O dia que o  futebol de várzea empunhar esta bandeira fiquem certos de que a periferia contribuirá em muito para ser o celeiro de futuras craques...

Ver a mulher em campo significa um avanço, mas é necessário estímulo para que a várzea cumpra seu papel na promoção de cidadania.   
Luciano, atual técnico das Casarets, em entrevista ao Futbolando, esclarece as dificuldades. Vamos ouvi-lo? 

Estamos dispostos a oferecer nosso apoio a uma Campanha pelo time feminino da várzea. E você aceita colaborar? 

Até o sol ilumina o campo quando pisam no sintético estes pés delicados...

...chuteiras que sobrevivem ao direito de contarem conosco. 

Vamos lá?

Reportagem: Alai Diniz
Edição de vídeo: Marco Pezão
Fotos e informações: Cristiano

PAPO EM  BEIRA DE CAMPO

COM LUCIANO


DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO

POESIA SEM MISÉRIA

A VÁRZEA É ARTE

VÁRZEA É VIDA

PARTICIPE!

Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo


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