I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA
E o conhecido Santão, travestido em verdadeira dama, tava num proseio...
...quando, empolgado com a conversa... se desprotegeu toda.
Eita, Santa!
Santão, que se chama José Roberto dos Santos, gerente comercial de imóveis, perguntado sobre sua idade respondeu:
- Menos que cem...
Morador em Taboão da Serra há 36 anos é um agitador e amante da nossa popular festa do Momo.
E é essa história de carnaval é coisa da antiguidade. A palavra carnaval se origina do latim carnis levale...
...e significa a retirada da carne, introduzida pela igreja católica com a finalidade de controlar, através do jejum durante a quaresma...
...os prazeres mundanos daquelas festas consideradas pagãs.
No Brasil, a manifestação acontece no período colonial trazida pelos portugueses com o nome de entrudo.
Praticado pelos negros escravos, logo, a batida foi transformada...
...e daí a raiz dos cordões e ranchos, das festas de salão, do corso e escolas de samba.
Na foto, o cronner da banda, Nelsinho, e Santão.
Aqui na padaria Rainha do Taboão, já em 1993, quando o prefeito da cidade, em início de mandato, era o José Vicente Buscarini...
É que a conversa iniciante rolou.
Conta o Santão, que eles ficavam na padaria tomando cerveja, e de quando em quando...
...as esposas ligavam pro estabelecimento perguntando dos respectivos maridos...
O proprietário Nelson é quem atendia o telefone, na época não havia celular, e um dia ele comentou:
- Suas mulheres são eternas espera marido...
O nome veio na bandeja. A gozação, e a ideia brilhou.
Vale lembrar que nessa época, a Av Dr José Maciel era a passarela do carnaval taboanense...
Ali desfilava o bloco e depois GR Escola Unidos do Maria Rosa, e convidados...
E essa ação cultural foi interrompida na administração Evilásio Farias...
...inclusive desfigurando a Praça do Samba, destruindo seu coreto e sua história.
A troco de quê?
Criou-se a Liga das Escolas de Samba de Taboão e os desfiles na Av Fernando Fernandes, no Jd Mituzi, a princípio foram atrativos.
Não durou muito o entusiasmo. Problemas administrativos minaram sua continuidade.
Enfim, nem lá e nem cá.
Assim, perdeu-se uma tradição importante no Jd Maria Rosa, um bairro de forte influência afrodescendente.
Mas, o Bloco ou Banda Espera Marido se manteve em resistência...
Homens e mulheres curtindo o ser oposto na maior descontração...
...antecipando em uma semana a abertura oficial do carnaval.
...antecipando em uma semana a abertura oficial do carnaval.
...e se tornou um só bloco.
Um rio de gente movido pela energia da arte em prol da convivência social.
Nessa rua, do lado esquerdo, morava o Ari Daú, que foi prefeito do município entre 1969 e 1973.
E pra toda festa é preciso organização e trabalho.
A equipe KSOM, que garantiu a qualidade sonora, segue meu virtual abraço.
Lembro, quando jovem, de muitos carnavais divertidos no Ginásio Municipal de Esportes Ayrton Senna...
Duzão, batuqueiro, em pé de boné, é desse tempo.
Souto Maior e amigos saboreando o clima...
...descontraído de quem foi fundo na personagem.
A gente não quer só comida...
A gente quer comida, diversão e arte...
...diz a canção do poeta Arnaldo Antunes...
Robertinho, meu amigo de reportagens, sempre presente no bate bola domingueiro...
O futebol varzeano tinha um colorido diferente nas terças de carnaval...
Quando os jogadores dos times, vestidos de mulheres, no campo, armavam o jogo que era maior farra...
Infelizmente, culturalmente, deixou também de ser...
Fotógrafo é que nem violeiro...
No caso do violão pedem: canta mais uma...
No meu caso, o cara disse: Pezão, bate uma aqui...
Tô fora. Tô dentro clicando, vivendo...
Como o pessoal do Jd das Palmas que veio prestigiar o evento, meu amigo Joe, de punho erguido, a direita...
Resistir sempre, desistir jamais...
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