sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Cabeça de Gelo da Ponte

O momento dessa cobrança de pênalti era complicado.

Jogo valendo vaga à semifinal da Primeirona de Taboão, cujo placar estava 4 a 1 pra Ponte, mas que o Jardim disposto chegou a 4 a 4, e por pouco não venceu...

O clima...

O goleiro do Jardim Roberto tinha defendido um, e o guapo da Ponte Preta, dois.

O olhar na bola.

Tantos olhares nele.

O moço ajeita a bola sob a fiscalização do árbitro.

Em que pensa?

Toma o passo atrás. Mede distância.

Observa o goleiro. 

A bola os separa. De um lado pés. De outro mãos.

O compromisso com a rede.

Atingir, e defender. O olho no olho.

O que planejam naquele lance definitivo?

Loteria? Habilidade?

O coração que pulsa. O tempo da opção, da ação...

A bola chegando na foto e o Betinho já deslocado.

 O totó, cavadinha emergida ao centro, em plano voo...

A frieza em direção ao suave acolhimento.

Matheus Cabeça de Gelo e o goleirão Edgar Paulino, que não disse, mas pensou:

- Deixa que agora eu seguro...

 E segurou!

A Ponte Preta venceu o Jd Roberto por 3 a 1 nos penais.

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