Minha mulher conversa e acompanha o desenrole das fotos no vídeo.
Corria o segundo tempo e o CATS atacava em direção ao portão de entrada do estádio.
Nesse dia não pude ficar em campo, e fiquei posicionado do lado de fora do alambrado com a lente apoiada no vão da grade.
Bandeirando
a partida, a auxiliar de arbitragem chama atenção do foco. Um short justo,
amarelo, realça o belo.
Cabelo amarrado tipo Ana Paula Oliveira. O par de coxas
roliças trafega rente a linha.
Braços sensuais prevenidos a qualquer sinal de
impedimento.
Seguia absorto a série de
fotos quando tomei um cutucão:
- Ei! Você só fotografou o traseiro da mulher?
A partida estava
monótona, 0 a 0. E, diante daquela robusta leveza, eu me deixei clicar vários
ângulos daquele formoso bumbum.
Mas, pra
minha salvação, teve um ângulo que eu peguei melhor. Posicionado próximo à
linha de fundo, criei expectativa quando o meia Igor ajeitou a bola pra cobrar
uma falta próxima à grande área.
O jornalista
Eduardo Toledo estava na fita e também deixou de analisar o desempenho da
bandeirinha pra seguir o lance.
Firmei a máquina no buraco da grade e mirei no
gol. Em questão de segundos. O apito, a batida, o clic. Apenas um clic e peguei
a bola entrando no ângulo, e o goleiro espichado no ar.
Mágico instante
aquele. E assim me safei:
- Tá vendo,
mulher, como eu tava atento ao jogo.
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