Marcos Assunção, mais que jogador. Símbolo de dedicação...
A ficha só
começou a cair quando o Palmeiras eliminou o Atlético Paranaense por 2 a 0, no
jogo de volta pelas quartas de final.
Apesar das
cinco vitórias obtidas frente ao Coruripe, Novo Horizonte e Paraná, eu estava
com o pé atrás.
Quando a
tabela apontou o Grêmio, nas semifinais, me fiz pessimista. Quinze dias antes,
pelo Brasileiro, o Luxemburgo levou a melhor.
Pra mim, o
retorno do Scolari significou por ordem na casa. Afinar um conjunto capaz de
motivar a desesperançada torcida. Mas, no decorrer, a bagunça no antro
administrativo quase engole o Felipão.
É a turma do
amendoim. O motim liderado por Kleber. É o presidente Tirone agredindo
conselheiro. Contratações que não deram em nada. No auge da crise da crise,
Felipão disse que o clube era de bosta.
Como poderia
supor uma vitória em pleno estádio olímpico? Com os 2 a 0, gols de Mazinho e
Barcos, sobreveio alento. Sofrido, sabia. Mas, enfim, o empate de 1 a 1 com os
gremistas, na Arena, colocou determinada singeleza na decisão do título
nacional.
A imprensa
elegeu o Coritiba como favorito. Mas os gols de Valdivia e Thiago Heleno, em
Barueri, transformaram o descrédito em possível triunfo.
Com Barcos,
Maikon Leite e Valdivia fora da batalha final, mesmo a vantagem obtida foi
menosprezada por mim. Na guerra pela conquista tudo vale. Missão dada é missão
cumprida, bradou o palestrante capitão do Bope àquele reduzido e desconhecido
elenco.
Sob
aguaceiro, na quarta-feira, 11, o zagueiro Thiago Heleno se machucou e o Luam
continuou com uma perna só. Corria a segunda etapa e o estádio Couto Pereira
balançou quando o Coritiba abriu o placar.
Não
aguentei. Mudei de canal. Dolorosos minutos até ouvir o foguetório. Será?
Retornei. Marcos Assunção, sempre ele, cobrou falta e Betinho desviou de cabeça
pro fundo do gol. Quem? Betinho!
A igualdade
de 1 a 1 prevaleceu. Festa dos quase cinco mil seguidores na arquibancada. O
pranto sentido dos vencedores escorreu por minha face e lavou a alma de milhares
de esmeraldinos distantes.
A invicta campanha
palestrina somou em 11 jogos, 8 vitórias e 3 empates. Marcou 23 gols e sofreu
6. Transformar o desunido elenco em parceiros de causa própria foi como tirar
leite de pedra, Scolari.
A
grandiosidade da SE Palmeiras é tanta, que mesmo ficando 12 anos sem ganhar
nada, mantém-se a frente com dez títulos nacionais.
Verde
esmeralda. Lapidada pedra, o brilho tá rústico. É a real. Brasileirão.
Libertadores. É preciso bem mais!
Mas aprendi a lição. Aliada a habilidade,
mesmo se não muita, disciplina, sim, o
que ganha jogo é trampo. Muito trampo.
Adentro ao
coro e feito os verdes guerreiros, desabafo: pqp... o Palmeiras é campeão da
Copa Brasil!
Felipão volta a ser rei na Copa do Brasil.
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