sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cooperifa lança Várzea Poética!

 A Ponte Preta, do Jd Leme, veste Cooperifa e ganha livros...

Na quarta-feira, 30, estivemos no Sarau da Cooperifa, no Piraporinha, comandado pelo poeta Sergio Vaz. 

O Bar do Zé Batidão ferve. É um caldeirão. Versos desfilam diante de calorosa plateia.

Do rap ao fado. Poemas ganham vida. Incentivo à literatura escrita e falada, além de renovada e sadia convivência. 

Sarau é o maior barato!

E foi aqui em Taboão da Serra que nasceu o sarau da Cooperifa. 

Relembro outubro de 2001, quando passei no recém-inaugurado Garajão, o bar do Bodão, na estrada do São Francisco, Jd Helena. 

A temática da casa era apresentar estilos diferentes de música. No meio da conversa, lancei:

- Bodão, vamos fazer o sarau dos poetas.

- Que porra é um sarau, Pezão?

- Mano, os poetas se reúnem aqui e declamam. Vou te apresentar o poeta da cidade, o Sergio Vaz.

Fomos e viemos tomar cerveja. O bar tinha recanto que era uma varanda rodeada por belo jardim. 

Local ideal para germinar aquela iniciativa. Sergio Vaz proclamou: quarta-feira é o dia consagrado à poesia.

A palavra sarau estava em desuso, no arquivo. Nós a recriamos. O Sarau da Cooperifa foi à luta. 

E, durante os dois anos que ali permaneceu, podemos sentir hoje a força daquele ato.

Reconhecida internacionalmente, após onze anos de existência, a Cooperifa, tendo como tema a periferia, iniciou o movimento poético que atingiu toda São Paulo. 

São dezenas de saraus espalhados por aí a fora.

Entre vários projetos desenvolvidos, Sergio Vaz, como boleiro que é, agora criou a Várzea Poética. 

É uma barganha cultural. A Cooperifa dá o uniforme e em troca os varzeanos devem participar do sarau.

De Taboão, depois do Unidos do Morro, a Ponte Preta, do Jd Leme, também foi agraciada com o fardamento. 

E não foi só. Os integrantes que lá compareceram receberam um kit com vários livros.

Foi uma noite mágica. Muitos amigos e lembranças a recordar. Os pontepretanos curtiram a novidade. 

Fico feliz de no principio de tudo ter sido pólen e ainda hoje poder declamar “nóis é ponte e atravessa qualquer rio...”

A várzea agradece. Uh Cooperifa!

O romancista Zé Sarmento caminha trilho capinado, a desbravar, de foice na mão...

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