O predomínio humano em uma só raça
Justiça feita a este guerreiro. Zumbi fez a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial. Morto em combate, defendeu seu povo, sua comunidade.
Os quilombos resistiram ao sistema escravista, e mantiveram acesas as manifestações da cultura africana. Zumbi lutou até a morte por sua crença e liberdade de seu povo.
A importância da data
Contrariando a história oficial onde se conta Princesa Isabel como a grande benfeitora do fim da escravidão, o dia 20 de novembro alimenta o pensamento, a importância do povo africano na construção da cultura nacional.
A liberdade não veio de graça. Ela foi conquistada. Mesmo a custa de chibatas, perseguições, chacinas, o africano em nova pátria manteve erguido o orgulho ferido.
Impôs-se através do tempo, deixando sua marca na gastronomia, religião, arte, esportes, política, literatura, no desenvolvimento social do país e sua miscigenação.
Nada é simples. As amarras afrouxam, mas não cedem. Oficialmente, a abolição chegou em 13 de maio de 1888. Mas a resistência contra a opressão, preconceitos e discriminações, a luta continua até hoje.
A história do Brasil é como se existissem somente europeus e seus descendentes, em privilegiada classe social. Imperadores, navegadores, bandeirantes, militares, são nos oferecidos como heróis nacionais.
Embora coagidos, manés deixamos de ser. O afro descendente uterizou o Brasil, e soma o capítulo da história.
Heróis não são necessários. O que vale é o trabalho, a cultura, a organização do povo sem meias palavras, é o individuo, não importa a cor de sua pele; terráqueo perdido existente entre tantos bilhões de outros indivíduos.
Zumbi, alagoano nascido no ano de 1655, é a personificação dos graves ajustes a serem feitos dentro da nação brasileira, e porque não mundial? É isso que hoje representa, o dia 20, o Dia da Consciência Negra.
Em 1936, Solano Trindade, poeta, fundou, ao lado do pintor Barros Mulato e o escritor José Vicente, a Frente Negra Pernambucana e o Centro de Cultura Afro-Brasileiro, com o objetivo de divulgar os artistas negros.
Lançado seu livro intitulado Poemas Negros, lia-se:
“Não faremos lutas de raças, porém ensinaremos aos nossos irmãos negros que não há raça superior ou inferior, e o que faz distinguir uns dos outros é o desenvolvimento cultural. São anseios legítimos a que ninguém de boa fé poderá recusar cooperação”.
Agora, na rotação do planeta Terra, flutuam satélites. O mundo não é mais novidade. O predomínio é humano em uma só raça.
Em louvor nossos sentimentos e conquistas, desde que se contenham as arbitrariedades...
É como diz o Gaspar, do Záfrica Brasil:
- Quem tem cor, age!
Festa pra lá de boa!
O Dia Nacional da Consciência Negra a ser comemorado no CDM Martinica tem a organização de Jorge Cipó.
Neste dia 20/11, quinta feira feriado, as atrações começam a partir das 9 horas. Brinquedos Pula Pula, Piscina de Bolinha, Palhaços, lanches e refrigerantes irão alegrar a garotada.
O show musical tem início às 14 horas e estão confirmadas as presença de: Kymuleque, 100 Problema, 4 Por Acaso, RATEIO, NSN, Mais Que Acaso e Poder de Pensar...
Participações especiais de: Capri, Grupo Luance e Záfrica Brasil.
O ingresso é grátis, mas a colaboração de 1 quilo de alimento não perecível se faz necessária.
O produto arrecadado será distribuído entre famílias carentes.
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