Vai Q É Mole goleia Botafogo e bicampeonato está próximo
O Máster Marabá é o obstáculo a ser vencido
O Vai Q é Mole, campeão em 2004, chegou pra temporada com um time bem falado. Porém, na prática, o desenrolar durante as três fases anteriores esteve sob o clima de suspeição quanto à produtividade da equipe. Mas, no futebol competitivo, a gente sabe: se der vida a cobra, ela te pica.
E não deu outra. Chegando à semifinal, a equipe do Pq Pinheiros mostrou do veneno ao golear o Botafogo do Pazini em 3 a 0. Agora, entusiasmado, prepara o bote pra cima do Masters Marabá. O encontro está marcado para as 10 horas, domingo, 3, no estádio municipal, quando se encerra o 13º Campeonato Municipal de Veteranos/35.
O fato é que sem ser brilhante, o Vai Q É Mole conseguiu seu intento. Na partida contra os botafoguenses, na primeira etapa, o empate de 0 a 0 não agradou a torcida presente. Jogo truncado, tanto que só houve um lance de maior perigo a gol. Zé Negão cruza e Fabinho acerta um sem pulo pífio, longe do arco. No lado oposto, o Botafogo só se defendeu e o ataque não incomodou em nada.
No intervalo, o técnico Dorival analisou: “Faltou frieza na hora de concluir. Estou pedindo pra tocar a bola. É um, dois, pra não dar chance de dividir. O Botafogo é forte fisicamente”.
O treinador Ricardinho, avaliou: “Precisamos ter maior pegada no meio campo. O Vai Q É mole teve maior volume de jogo e precisamos tirar a diferença, ter a posse de bola”.
Corria o 2º tempo e o gol amadureceu. Zé Negão tocou Nelsinho que serviu Fabinho, dentro da área do lado direito. Do chute espremido, a bola sobrou limpa pra Evanio finalizar tranqüilo: 1 a 0.
O Botafogo passou a se movimentar, porém as investidas foram contidas pela dupla de zaga do Vai Q É Mole: Celso e Vila jogaram o eficiente arroz com feijão. Sobrou, então, espaço pro contra golpe. Fabinho, da direita, tocou na medida para Nelsinho. O meia, de frente pro alvo, bateu de canhota, um tiro torto.
Em mais uma investida na base da velocidade, Zé Negão, da esquerda, rolou pra Nelsinho. Passado giz no taco, o tiro saiu certeiro: 2 a 0.
Com Osmar, que acabara de entrar no jogo, o Vai Q É Mole teve a chance de ampliar. A seguir, em nova jogada, Fabinho por cobertura esteve próximo de fazer um golaço.
De tanto insistir, Fabinho marcou o seu. Rápido como uma lebre trombou com zagueiro e goleiro. Desajeitado vu a bola estranha rodopiar pro fundo do gol: 3 a 0. Confirmada a vitória pelo árbitro Ricardo Mendes, auxiliado por Ivone Andrade e Vagner Oliveira, o técnico Dorival declarou:
“Valeu, acertamos um pouco mais. O time aproveitou melhor a dimensão do campo, mas perdemos alguns gols, que, numa hora decisiva, podem fazer falta. Contra o Masters, na final, as chances são iguais, 50% pra cada um. Teoricamente classificamos, como dizem os amigos, na bacia das almas. Mas já que tiramos o ebó do defunto, vamos embora”.
O auxiliar técnico, Tio Mauro, ao deixar o campo, sorria: “Estou feliz com a atuação da equipe. O Vai Q É Mole tinha um time no papel que era dado como campeão antecipado. E papel, pra mim, nunca teve valor. Hoje o time saiu do papel e foi pro campo. Estamos na final com muito orgulho e esperamos ser bicampeões, respeitando sempre o Masters, nosso adversário na decisão”.
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