quinta-feira, 9 de março de 2017

As Casarets perdem o jogo e não o embalo!

 I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA


Embora derrotada, a Família Casarão continua firme atrás da classificação.

Garra é o que não falta aos times femininos que continuam na disputa pela Taça Libertadores de Base. 

Com mais duas horas de viagem ao campo Canarinho, o Família Casarão fez até vaquinha pra pagar a arbitragem, cantou  seu grito de guerra, ao ritmo do pandeiro de Tati Candeia.

Sobra alegria no privilegio da disputa feminina, ainda muito escassa nos meios varzeanos que pouco a pouco descobre a energia pulsante das mulheres no campo. 

Jogo apertado, com sol a pino, a partida se define aos trinta minutos do primeiro tempo com o gol de Quero-quero, com sorriso de alegria. 

Como diz o técnico Biano do Luvence FC:

" Foi 1 a 0. Resultado que confirma o time invicto até agora.  O Casarão jogou e se defendeu bem... 

As meninas são vitoriosas com oito meses de treino. Agora é preparar-se para o próximo jogo que será no Parque dos Álamos com as Galáticas."


A vitoriosa equipe da Luvence FC

Partida acirrada, no segundo tempo, o Casarão foi pra cima tentando recuperar o placar  mas as chuteiras pra sintético deslizam no terrão. 

Nem com a guerreira Jaque Silva que saiu com o joelho lesionado e defendeu a malha até o fim...

...Nem  com os chutes de Adriana,  a garra de Marcela e a presença de Jaqueline, dividindo a zaga, deu pra recuperar o placar. Aquele calor, as chuteiras e a tensão não diminuiu o tesão na corrida... 

Além disso, outros personagens marcaram presença nesse jogo. Um deles foi o riacho do Canarinho,  atraindo a bola mais de quatro vezes para o seu leito.

O outro foi Daniel, mascote das Casarets e sobrinho de Naty. Assistia a tudo com essa carinha marota que no jogo aprende o amor das Casarets. 

Após o jogo, a voz do técnico Zé Roberto da Família Casarão: 

"O jogo, enfim, não foi ruim,né? Boa partida. Infelizmente, falhamos no meio de campo e tomemo um gol. Uma falha grave. 

Tive a chance de igualá o placar, de empatá o jogo, mas, infelizmente, a trave salvou elas.

Bola na trave não ganha jogo, o que ganha é bola na rede, mas parabéns pro time. O adversário não é bobo. Casarão também não é fácil. É isso aí, bola pra frente."

E a frente agora é a volta na Arena Álamos, das Galáticas. 

E com o grito de guerra do time F Casarão, finalizamos a semana do Dia Internacional da Mulher. A disputa pela Taça continua. Com sete pontos o time do CDC Uleromã tem ainda muito pra mostrar: 

"Vamos jogar com raça e com o coração é o time do morro, é o Casarão.

Vamos fazer nossa história com emoção somos as meninas do Casarão.

Podem vir quente que aqui nós tá fervendo

Somos time do gueto, nóis não tem medo..."

                            Reportagem e fotos: Alai Diniz e Tati Candeia 


DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO:

POESIA SEM MISÉRIA

A VÁRZEA É VIDA

PARTICIPE!


Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo