No decorrer da carreira, superando lesões que a qualquer um estremece, o vejo sempre com uma alegria enorme, participativo, e, embora palmeirense, me declino ao alvi negro do Pq São Jorge, time que repatriou o Ronaldo, pro nosso regozijo.
Apesar do Obina gravar seu nome na eternidade do sistema, os 3 a 0 do fim de semana doeu na alma lusitana da minha corinthiana, Otilia.
Doeu na mão do Ronaldo, lesionada fratura. Mesmo assim, sem curtir em cima do porcolindo feito, dado a cultivar poemas, segue este aos meus amigos varzeanos e corinthianos:
Ronaldo é o cara
Marco Pezão
Olhos múltiplos de milSímbolo que a fé agracia
Aprecia defeitos refeitos joelhos
Velho veloz gordo arranque
Superando vil profecia...
Avante autenticidade
Adiante aliteração
O zagueiro exangue...
Além da intermediária
Os pés dominam refém
É faro, o ver sem olhar, raro
Imagem poética, do espaço consciente
Consistente corte seco azeite
Deita, prancha defensor
Ajeite, flor de ginga subseqüente
Novo drible e cancha, arriba, agüente
Ele, eloqüente fole exalta multidão...
Exato desenrole, doce cobertura
Brandura, pombo sem asas, solta
Rente trave ou travessão
De bico, canela, que importa?
Arte de artilheiro, atento
Saltando entraves, chuteiras
Barreiras e travas da vida, sábia cabeça
Sábia maturidade no ofício
Milagrosa rede explora
É bola, tá na malha da gaiola...
É bola, tá malha da gaiola...
Assonância na arquibancada
Força brada, futebol!
Cântico de guerra exala, arrepia
Em campo, o sinônimo indica superação
Midas, ouro em pedregulho
Qual a cor e o tamanho do sonho?
Intensa interna metáfora rima,
Perfeita em vôo toante
Alvinegro se fez brasileiro
Expande melodia, sinfonia,
Amante altivo, atuante corintiano...
Fenômeno, Ronaldo...
Você, meu irmão, é a cara do gol...
“Vamo, vamo meu irmão, vamo meu irmão
Não para de lutar...”