quarta-feira, 4 de novembro de 2009

No mesmo molho, amizade e macarrão

É costume, no bar do Neto, alguém apresentar algum tipo de guloseima pra consumo nosso, diários freqüentadores.

Odair, corinthiano, no domingo, 01/11, trouxe requintada salada, o salpicão, além do peito de frango regularmente cortado e frito.

Ontem mesmo, segunda feira, 02/11, feriado, o palmeirense Tadeu nos fez saborear a panelada de joelho de porco acompanhado de repolho refogado que o santista Xiko xamou de xicrutis.

Os adversários de plantão logo associaram o fato, melhor o prato.

Mesmo diante do heróico empate de 2 a 2 contra o Corinthians, em Prudente, disseram:

- Queimada as gorduras, o Porcão está morto e servido...

Servido de frágil liderança, apesar da fé, os palestrinos temem a perda do Brasileirão. Divergem e concordam, comem e bebem...

Agitamos o ambiente, às vezes ardentemente, cada qual com sua razão, o que nos aflige.

Seja a política, a segurança, amores diversos, o futebol, principalmente...

Como somente dependemos da fragilidade de nossos votos, obrigatório quadriênio, os políticos acabam geralmente escorraçados...

Embora o dia a dia é quem dite a própria convicção.

No amor repercutimos vozes interiores

Na beira do balcão falamos o que não dizemos normalmente...

À insegurança oramos amém, que Deus nos proteja. Não há gravata e nem farda que o substitua.

Somos e vamos por (in) diferentes caminhos...

Caminhos que se cruzam neste ocasional ponto de encontro.

Na sexta feira, 31/10, como previamente marcado, me apresentei para fazer a massa de macarrão.

Levei a máquina herdada de minha mãe que serve para esticar e cortar em fios a massa.

A origem do macarrão é discutível. De assírios e babilônios, ainda 2500 anos antes de Cristo.

Relatos citam também Marco Pólo que em retorno de sua famosa viagem à China, no final do século XIII, trouxe a hoje famosa iguaria.

Em outra versão consta que os árabes ao conquistarem a Sicília, no século IX, foram responsáveis pela introdução da itrjia, que era uma massa seca.

De vero mesmo, a palavra macarronis surgiu do dialeto siciliano derivada do verbo maccaris, que significa achatar.

Da forma como o ocidente conhece, os italianos incrementaram o molho de tomates e criaram mais de 500 variedades de tipos e formatos de macarrão.

Distante do tempo histórico, o ato: Marco Pezão e o Henrique estão na cozinha, em Campo Limpo, sudoeste da capital paulista.

Dois quilos de farinha de trigo e ovos. Mãos à massa. E não é que a coisa liga.

Amassa e estica e os filés enfarinhados tomaram conta da mesa e pia.

Talharini é a pedida e depois de várias horas de trabalho, a cama de casal aconchegou toda a produção.

O Kim chegou e perfumou o ambiente tendo a tiracolo duas belas garotas. Avisado, o amigo, quanto a indisponibilidade do quarto, a fanfarronice tomou assento à sala.

O molho por conta do Henrique absorveu 6 quilos de tomates fervidos e peneirados transformado em apurado puro purê...

Terminada a primeira etapa. Cachaças, cervejas e rabos de saia, à parte. Veio o sábado, 01/11, e a suculenta macarronada nasceu.

Bolonhesa e calabresa deram o sabor, salpicado com queijo parmesão.

E à tarde, por volta das 15 horas, estávamos em frente ao bar do Neto, saboreando a missão cumprida.

Travessas devidamente consumidas, todos comidos, e as fotos relatam a façanha aos amigos que não puderam comparecer...

Alemão, palestrino, pegou o fio e foi fundo...

Faltaram muitos amigos que viajaram por conta do fim de semana prolongado. Mas os que ficaram deram conta do recado...

O Lima, servido na cumbuquinha, enrola...

Exibe rápidas e sequências garfadas...

Já era! Lá vai o Lima pro repeteco...

Luiz e Alexandre se preparam para entrar em campo maxilar...

Odair explana e dá ênfase à culinária...

Saboreando as próprias palavras...

Xiko, sob o olhar do Henrique, mira o garfo...

Marinalva tomou conta do vapor...

A cozinha onde mostramos que somos capazes...

Henrique descansa antes de do 2º tempo, tendo na assistência o Alexandre...

A euforia do Xiko...

Cantando feito o Pavarotti...

Henrique servindo a segunda remessa, o molho de calabresa...

Uma pausa ao Odair...

Em seguida assediado pelo Alemão beijoqueiro...

A netinha da Marinalva...

A neta, Marinalva e Marcio...

Odair e Marco Pezão...

Clicados pelo Alemão...

E o Alemão gostou da brincadeira e mandou ver nas fotos...

Xiko e Marco Pezão...

Xiko assumindo novo prato...

Marcio, de passagem...

A comilança não teve trégua...

Em diferentes lugares...

A cena se repetiu...

Prato cheio à vontade, né Alemão...

O sãopaulino e o Alemão posam pra despedida...

Marcio, Xiko, Alemão e Alexandre. Que a curtição se repita...

Xiko e Marcio, foi bom demais...

domingo, 1 de novembro de 2009

Momentos

O gol foi uma perfeição

Dentro da área grande

A bola quicou no chão e subiu

O avante de cara pro gol

A bola parece que demorou demais pra descer

Deu tempo pro zagueiro chegar com a bota erguida

E o goleiro avançar pra travar o chute

Que eles pensaram que ia sair

O avante vivo tocou de cabeça

E o goleiro se estrebuchou de costas

Já era zagueiro, já era arqueiro

A menina tá na rede

E o centro avante rindo seu riso banguelo

Correu pra comemorar

2 a 1 no placar

Deu Jardim Roberto

Contra o time do Carlinhos

O XI Garotos

No campo do cultural japonês, no Clementino

Eles queriam ganhar de nóis

Ficou no querer

A lua tava trincando num sol

De trinta e lá vai grau

O Osvaldinho, treineiro, sãozinho,

Sem nenhuma cachaça na testa, declarou:

- Não sei como ôceis consegue jogar com esse calor todo...

Tá louco, esse Jardim Roberto é demais!


Pé (1983)